sábado, 29 de agosto de 2015

MESA DE SETIEMBRE

Informamos que la próxima mesa de libres se llevará a cabo el 22 de setiembre, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 9 A 11 HS. 
NIVEL ELEMENTAL: 11 A 13 HS.
NIVEL SUPERIOR: 11 A 14 HS.


Los resultados se publicarán el martes 6 de octubre a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 12 hs. a 14 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

domingo, 16 de agosto de 2015

NUEVO CUADERNILLO DE LECTURAS PARA PORTUGUÉS MEDIO




Informamos que ya se encuentra disponible, para uso exclusivo de los alumnos de la Facultad de Filosofía y Letras de la UBA, el nuevo cuadernillo de lecturas y actividades para "Português Médio". 

El material fue elaborado por los docentes de la Cátedra de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas, Isabel Moreira Aguiar, Leonardo Ortiz, Carla Panto González, Gloria Pérez Pita, Alba Salto, Helga Schweizer, con la coordinación del profesor Carlos A. Pasero. La revisión técnica final estuvo a cargo de la Lectora Isabel Moreira Aguiar.

El cuadernillo se consigue en "La Caverna" (Puan 404, CABA) y en la Fotocopiadora de Primer Piso (FFYL-UBA).





quinta-feira, 9 de julho de 2015

LEITURA: "O MELHOR PROFETA DO FUTURO É O PRESENTE" - WAGNER NOVAES

















Wagner dos Reis Novaes é seu nome completo. O "dos Reis" é porque nasceu em 6 de janeiro e, para agradar-se a si mesma e à sua mãe, a mãe de Wagner deu-lhe o nome que queria e evitou chamá-lo Gaspar, Melchior ou Baltazar. Cursou o primário, o ginásio, o secundário e Direito em Maceió. Estudou depois na Fundação Getulio Vargas, no Rio, e na Universidade Internacional de Estudos Sociais, em Roma. Foi professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira nas universidades de Bari e Roma, na Itália; na de Buenos Aires (Argentina); na de Barcelona (Espanha). Foi diretor do Centro de Estudos Brasileiros em Roma e Buenos Aires. Atualmente, é diretor do Centro Cultural do Brasil em Barcelona.

"À noite, todas as pardas são gatas"? (Provérbio popular)

Wagner dos Reis Novaes. A transgressão do provérbio nos provoca um desvio, renovando-o, e levando-nos a pensá-lo diferentemente. Essa transgressão é a mesma do Chico Buarque em Bom conselho: "Devagar é que não se vai longe / Eu semeio vento na minha cidade / Vou pra rua e bebo a tempestade". É transgressão e é brincadeira - brincadeira que quer ser séria, para renovar o espanto diante das coisas mais simples, das coisas da rotina. É desarrumação da linguagem, no dizer de Manoel de Barros. É uma desconstrução que, ao eliminar o automatismo do provérbio, do comum, contraria o automatismo e, supreendentemente, recupera a força do saber comum. E renova e enriquece a língua. Mais: em Desenredo (de Terceiras estórias), essa trangresssão tem a genialidade de Guimarães Rosa: "No decorrer e comenos, Jó Joaquim entrou sensível a aplicar-se, progressivo, jeitosão afã. A bonança nada tem a ver com a tempestade". "... dolorido, mas já medicado. Vai, pois, com a amada se encontrou (...). Nela acreditou, num abrir e não fechar de ouvidos." 

"A gratidão de quem recebe um benefício é sempre menor que o prazer daquele que o faz"? (Machado de Assis)

No texto machadiano (Almas agradecidas) do qual você extraiu a pergunta, há outras coisinhas preciosas que repito aqui: "... Mas o desejo de servir tem mil maneiras de se manifestar". (...) "Qual importa mais à vida, ser Dom Quixote ou Sancho Pança? O ideal ou o prático? A generosidade ou a prudência?"... "A explicação desta diferença está talvez neste fundo de egoísmo que há em todos nós". Há pouco mais de um ano um canário entrou na minha casa e vem me dando a alegria diária de seu canto maravilhoso. Eu lhe dou carinho, água e comida. A alegria que tenho em lhe dar o alimento de seu cantar - e sei que ele me agradece através de sua música e de seus pios - é, tenho consciência disso, maior que a felicidade dele. É verdade franciscana: Ó Mestre, fazei que eu procure mais / Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; / amar, que ser amado. / Pois é dando que se recebe, / é perdoando que se é perdoado, / e é morrendo que se vive para a vida eterna. 

"A amizade é animal de companhia, não de rebanho"? (Plutarco)
Para ficar no bem tradicional, há amizade e há amizade. Há a amizade de companhia e há a amizade de rebanho. Há a amizade que pede a presença confortável, amparo necessário e constante, para estar lado a lado com conversas e silêncios, sorrisos e carrancas. Atualmente essa presença pode estar na internet... Amigos distantes, mas muito próximos. E há as amizades "sociais", que devem merecer nosso respeito, nossa apreciação, nossa humanidade, nossa justiça. Não preciso de "um milhão de amigos". Preciso da felicidade (difícil) dos meus sete bilhões de contemporâneos. Exemplo de amizade: um dia surpreendi um amigo, que se dizia ateu, consertando o velho rosário de sua irmã mais velha. Ele entendeu meu olhar surpreso e explicou: ela vai ficar alegre. 

"O melhor profeta do futuro é o passado"? (Lord Byron) 

Mais do que o passado, o melhor profeta do futuro é o presente mesmo. Seremos o que somos, mudando apenas as formas de estarmos no mundo. E aqui estamos como uns insetos de duas pernas - alguns santos homens, alguns demônios - preocupados. Estamos como, por exemplo, moscas nervosas "a se mexerem, sem objetivo nenhum no nosso pequeno bólido perdido no universo" (Everardo Norões, em Entre moscas).

"Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer"? (Ítalo Calvino) 

O mesmo Ítalo Calvino disse que toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a sua primeira leitura. A questão é saber o que é um clássico. A própria noção de clássico é histórica. A primeira definição de clássico está ligada ao conceito de classe. Havia o escritor clássico - classicus era o cidadão que, graças à sua posição econômica, gozava de grande prestígio, de dignitas e de auctoritas - e havia o escritor proletário. Alguns clássicos foram (talvez continuem sendo) instrumentos de tortura. Lembra-se da 'sofrência' que padecemos para a análise sintática de Os Lusíadas? Agora, creio, o novo conceito de clássico - o que superou a moda - nos permite a leitura dos contemporâneos. Aí estão, entre outros, nossos clássicos Machado de Assis, Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Manoel de Barros.

"Os defeitos do espírito, assim como os do rosto, aumentam com a velhice"? (La Rochefoucauld)

"Mesmo rosa sequíssima e seu perfume de pó, / quero o que desse modo é doce, / o que de mim diga: assim é. / Pra eu parar de temer e posar pra um retrato, / ganhar uma poesia em pergaminho". (Adélia Prado, fragmento de Páscoa). Não creio que a velhice agudize a acidez de alguns espíritos. Minha experiência com a velhice - a minha e a de tantos outros - é que a impaciência, o nojo, e as dores de todo tipo não são defeitos. Defeito é ser ambicioso, faminto de prestígio, de poder. Ainda bem que a morte acaba com esses defeitos e os seus defeituosos.

"A paixão amorosa é a última, a extrema solidão"? (Lou Salomé)

É uma loucura. Mesmo que seja o amor divino - aquele que "move o sol e as outras estrelas", no dizer de Dante. O amor de Cristo ou de Ghandi, de Teresa de Calcutá ou de qualquer missionário/a, dos mártires religiosos ou civis por amor ao próximo, é loucura. É uma loucura perfeita, que é o desejo do bem do outro. Com Tom Zé: "O amor é medo e maravilha.(...) O amor é poço / Onde se despejam / Lixo e brilhantes: / Orações, sacrifícios, traições.


"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga"? (Diderot)

Nem sempre. Nossa vida social, em que se inclui nossa família, nos obriga, tanto de uma vez como em goles curtos, em alguns casos, a engolir sapos, cobras, lama, e a beber óleo de rícino, vômitos de moscas-varejeiras. E nosso convívio íntimo nem sempre é suave. Em nome da paz, da tranquilidade, tragamos mentiras, enganos. É a vida. "Viver é perigoso", não é, Guimarães Rosa? ‡

Fonte: Gazeta de Alagoas, 31 janeiro de 2015.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

MESA DE JULIO


Informamos que la mesa correspondiente al llamado de JULIO para libres y regulares se llevará a cabo el día MARTES 7 de ese mes en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: de 11 a 13 hs.
NIVEL ELEMENTAL: de 13 a 15 hs.
NIVEL SUPERIOR: de 13 a 16 hs.

RESULTADOS: 14 de JULIO a las 18 hs.

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13:30 hs. a 16 hs.

Tener en cuenta recomendaciones para alumnos libres.

El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de Marcelo (1er. piso junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán.


Equipo docente

domingo, 7 de junho de 2015

RESULTADOS DE LOS EXÁMENES LIBRES DE MAYO

Informamos a los estudiantes que con motivo del paro nacional anunciado, las notas previstas para este martes 9 de junio se publicarán en la cartelera de Portugués (3er. piso, junto a la oficina 326) el viernes 12 del corriente a las 18 hs.


CAP

quarta-feira, 3 de junho de 2015

HOMENAJE A LOS PIONEROS Y PIONERAS DE LA ENSEÑANZA DEL PORTUGUÉS EN LA ARGENTINA (II)

MAESTRA Y DISCÍPULA

Prof. Cecilia Gomes Moreira (1888-1977)


Cecilia Gomes Moreira nació en Oporto, Portugal, el 23 de agosto de 1888, hija de António Gomes Moreira y Laura Vasconcellos. Emigrada al país, obtuvo la ciudadanía argentina. Por su idoneidad, sin título formal, fue nombrada profesora, a partir de junio de 1935, del Curso Libre de Idioma Portugués y Literatura Brasileña, en el Instituto Nacional del Profesorado Secundario de la Capital Federal (hoy Instituto Superior del Profesorado "Dr. Joaquín V. González"). Este curso posteriormente se oficializó y constituyó, a partir de 1938, el primer profesorado en portugués de la República Argentina. Este curso y otros similares fueron creados por iniciativa del gobierno del Presidente Justo con motivo de las estrechas relaciones comerciales y culturales que durante esa etapa histórica se establecieron entre nuestro país y los Estados Unidos del Brasil, por aquel entonces gobernado por el Dr. Getúlio Vargas. 

En dicho profesorado, Cecilia Gomes Moreira tuvo a su cargo las cátedras de Gramática portuguesa, Ejercicios de Idioma Portugués, Historia de la Civilización Portuguesa y Metodología y práctica de la enseñanza. La Prof. Moreira también ocupó el cargo de Directora de la Sección de Idioma Portugués y Literatura Brasileña de la mencionada institución. El 1 de noviembre de 1935 fue nombrada también docente a cargo del Curso Libre de Idioma Portugués y Literatura Brasileña en el Instituto del Profesorado en Lenguas Vivas "Juan Ramón Fernández". En 1937 actuó como traductora de las versiones taquigráficas de la Conferencia Interamericana de Consolidación de la Paz (evento cuya finalidad fue la resolución de la guerra entre Bolivia y Paraguay y en el cual tuvo actuación destacada el Canciller Carlos Saavedra Lamas). 

La Prof. Moreira continuó su labor docente en el Instituto del Profesorado en Lenguas Vivas, al ser trasladado el profesorado en portugués del Instituto Nacional del Profesorado Secundario a esa casa de estudios a partir de 1954. 

Falleció en Buenos Aires en 1977.


Fotografía: La Prof. Moreira hacia 1940.



Prof. María Luisa Giorgi

María Luisa Giorgi nació el 1 de diciembre de 1908 en la Provincia de Río Negro. Era Maestra Normal Nacional y ejerció la docencia en escuelas primarias de la Capital Federal. Fue alumna de Curso Libre de Idioma Portugués y Literatura Brasileña desde su inicio en 1935, en el Instituto Nacional del Profesorado Secundario, y formó parte de la primera promoción de profesores de portugués egresados en 1939, ya oficializado dicho curso. En ese año se incorporó como docente del profesorado, dictando las materias Gramática portuguesa e Historia de la Civilización Portuguesa. Formó parte del grupo de los flamantes docentes de portugués que viajaron a Río y San Pablo, invitados por el Gobierno del Brasil en noviembre de 1939. La Prof. Giorgi continuó como docente en el Instituto del Profesorado en Lenguas Vivas, luego de que la carrera fuera transferida a esa institución en 1954. Consta como traductora del libro La psicología actual (Buenos Aires, Librería del Colegio, 1969), del estudioso brasileño Lourenço Filho.





Fotografía: La Prof. Giorgi hacia 1940.



***


Noticia aparecida en el Correio Paulistano del viernes 24 de noviembre de 1939 en donde se hace referencia al viaje de estudios de los egresados argentinos, flamantes profesores de portugués:





Prof. Carlos Alberto Pasero

quinta-feira, 14 de maio de 2015

MESA DE MAYO

Informamos que la mesa correspondiente al llamado de MAYO se llevará  a cabo el día MARTES 19 de ese mes en los siguientes horarios:



  • NIVEL ELEMENTAL: de 13 a 15 hs.
  • NIVEL SUPERIOR: de 13 a 16 hs.
  • NIVEL MEDIO: de 17 a 19 hs.


RESULTADOS: 9 de JUNIO a las 18 hs.

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13:30 hs. a 16 hs.

Tener en cuenta recomendaciones para alumnos libres.

El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de Marcelo 

(1er. piso junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán.

Equipo docente.

domingo, 3 de maio de 2015

LEITURA "AS LÍNGUAS QUE NÃO APRENDI"

"As línguas que não aprendi" (trecho)
Do livro: Como Aprendi o Português e Outras Aventuras, de Paulo Rónai (*)

São duas mil, três mil ou mais? De qualquer maneira o seu número é exatamente igual ao das que nunca hei de aprender. Confissão triste e humilhante para quem desde menino sente pelos idiomas uma espécie de paixão e que, ainda hoje, cada vez que na rua ouve pessoas falarem uma língua desconhecida, tem estremecimentos de inveja.

Quando, pela primeira vez em minha vida, vi uma cédula graúda - podia ter meus sete anos - provavelmente experimentei o desejo de possuí-la, como qualquer um. Se o tive, esqueci-o. Mas lembro-me nitidamente da inquieta curiosidade com que me pus a decifrar as duas palavras - CEM COROAS - que aquela nota ostentava nas oito línguas da desde então finada Monarquia austro-húngara.

Adolescente, alimentei em segredo a esperança de assenhorear- me, com o tempo, do maior número possível de idiomas: vinte, trinta, talvez ainda mais. Um de meus professores assegurava-me que só os quinze primeiros eram difíceis. E nos meus passeios pelos sebos da Europa, ia apanhando cada livro esquisito para dele fazer uso depois, em lazeres que não poderiam deixar de vir: uma gramática ladina ou reto-romana com a chave da pronúncia; o malgaxe em vinte lições; um livro de leitura para o segundo ano primário das escolas de La Valetta, Malta, sem uma única vogal no título; um manual da língua sueca para italianos... verdadeiro bazar de alfarrábios disparatados que os livreiros viam envelhecer na última prateleira e me empurravam quase de graça.

Mas o tempo passou, os lazeres não vieram, a minha biblioteca dispersou-se definitivamente no assédio a Budapeste e todos aqueles idiomas continuam intactos, não revelados, a troçar de mim. Outro terá aprendido, em meu lugar, o malgaxe em vinte lições. E limito-me a sonhar com as oportunidades maravilhosas que perdi.

Num livro islandês teria talvez encontrado resposta às minhas dúvidas; o poeta que melhor exprimiu as minhas angústias, talvez o tivesse feito em haicais japoneses. Mas não nos encontraremos nunca, como se eles não existissem ou eu mesmo não existisse.

O que mais me atormenta são as línguas que principiei a estudar e depois abandonei por falta de tempo, de entusiasmo, de perseverança.

Não me consolo de não haver aprendido o hebraico, que me ensinaram durante alguns anos. Ler os profetas, o Cântico dos Cânticos no original! Mas os meus professores não tinham a menor perícia pedagógica: cortavam o texto em pedacinhos de quatro ou cinco palavras e ditavam a correspondente tradução, literal, estúpida. A gente decorava aquilo e depois recitava-o, soletrando penosamente o original - e era o bastante para inspirar à criança uma aversão insuperável por aqueles caracteres hieráticos, que de início a atraíam tanto.

Outra língua que perdi, já adulto, foi o finês. Em virtude de um pálido, longínquo parentesco com o magiar, os candidatos a professor de húngaro tinham de estudá-lo. Eu era um deles. A gramática finesa ensinou-me muita coisa: por exemplo, que a minha língua materna tinha declinações com mais de uma dúzia de casos e que, até então, usava às mil maravilhas sem suspeitar-lhes a existência. Invejei os finlandeses por possuírem um verbo de negação que permite negar de um modo vago, sem especificação do que se nega - verbo ótimo para senhoras; e lamentei-os por faltarem na sua língua exatamente a letra f e o som correspondente. Nada disso, porém, interessava ao meu examinador; ele só queria saber de mim o desenvolvimento das labiodentais no finês, estoniano, vogul, ostíaco e zurieno. Passei no exame, mas nunca mais pus os pés na aula desse famoso linguista, que em apenas cinquenta anos de ensino conseguiu tirar a um país inteiro a vontade de conhecer outro. 





sábado, 21 de fevereiro de 2015

RECOMENDACIONES...

RECOMENDACIONES PARA ALUMNOS LIBRES

  • Los exámenes libres, para cada nivel, se rinden en los turnos de febrero-marzo; mayo, julio, setiembre y diciembre.
  • Sólo podrán rendir examen libre, los alumnos regulares de la FFYL (UBA) que se hayan inscripto previamente —y, por lo tanto, consten en el acta de inscripción.
  • Es indispensable concurrir a la mesa examinadora con libreta universitaria o, en su defecto, de algún documento que acredite identidad.
  • Las pruebas se basan en la modalidad de la lectocomprensión — quedan excluidas, por lo tanto, la traducción y la evaluación de competencias orales y escritas en portugués.
  • Los exámenes tienen carácter integrador y se ajustan a los criterios y contenidos del programa de la asignatura (Ver Programa y Modelos).
  • Se utilizan en todos los casos textos auténticos, de carácter académico o relacionados con el ámbito académico, de extensión variable según el nivel a evaluar y procedentes del área de las ciencias sociales o los estudios culturales.
  • Los estudiantes dispondrán de 120 minutos para la lectura del texto y para la elaboración por escrito de las actividades que se les soliciten.
  • Las respuestas deberán estar redactadas en lengua castellana, de manera coherente y adecuada; se tomará muy en cuenta la calidad de la producción escrita en esa lengua, tanto al nivel de la redacción y la organización conceptual como al nivel del cuidado por la normativa gráfica.
  • Con respecto al uso de materiales durante el examen, preferimos que los estudiantes sólo se circunscriban al empleo de cualquier diccionario portugués-español o portugués-portugués, a los fines de satisfacer las dudas léxicas que pudieran surgir.
  • Los exámenes se aprueba con un mínimo de 75/100 puntos y son evaluados con la participación, en varias instancias, de todos los docentes integrantes de la Sección.
  • Es preciso tener en cuenta que la "espontánea" intercomprensión que se verifica entre hablantes de portugués y de español, dada la proximidad lingüística, no es condición suficiente para aspirar a aprobar la asignatura en condición de libre. Es indispensable que el estudiante que decida presentarse en esa condición, haya adquirido, previamente, un grado acorde de conocimientos lingüísticos y discursivos en portugués, además de poseer una experiencia efectiva en la lectura de esa lengua — según los objetivos y contenidos consignados para cada nivel y similar al que los alumnos obtienen al finalizar los cursos presenciales.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

MESA DE FEBRERO


Informamos que la mesa correspondiente al llamado de FEBRERO se llevará  a cabo el día LUNES 23 de ese mes en los siguientes horarios:

NIVEL ELEMENTAL: de 13 a 15 hs.
NIVEL SUPERIOR: de 13 a 16 hs.
NIVEL MEDIO: de 17 a 19 hs.

RESULTADOS: 6 de marzo 18 hs.



Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13:30 hs. a 16 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de Marcelo 

(1er. piso junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán.




Equipo docente.

domingo, 16 de novembro de 2014

MESA DE DICIEMBRE


Informamos que la mesa correspondiente al llamado del mes de DICIEMBRE se llevará a cabo el día LUNES 1ro.  en los siguientes horarios:


NIVEL ELEMENTAL

de 13 a 15 hs.
NIVEL SUPERIOR
de 13 a 16 hs.
NIVEL MEDIO
de 17 a 19 hs.

RESULTADOS: En fecha a determinar.

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13:30 hs. a 16 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de Marcelo (1er. piso junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán.



Equipo docente.


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

MESA DE SETIEMBRE

Informamos que la mesa correspondiente al llamado del mes de setiembre se llevará a cabo el día martes 16, en los siguientes horarios:

NIVEL ELEMENTAL
de 13 a 15 hs.

NIVEL SUPERIOR
de 13 a 16 hs.

NIVEL MEDIO
de 17 a 19 hs.

RESULTADOS: 30 DE SETIEMBRE A LAS 18hs. EN CARTELERA DE PORTUGUÉS DEL DEPTO. DE LENGUAS MODERNAS (TERCER PISO).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13:30 hs. a 16 hs.

El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de Marcelo (1er. piso junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán.

Equipo docente.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

HOMENAJE A LOS PIONEROS Y PIONERAS DE LA ENSEÑANZA DEL PORTUGUÉS EN LA ARGENTINA (I)

PRECURSORES DE LA ENSEÑANZA DEL PORTUGUÉS EN LA ARGENTINA (PRIMERA PARTE)


ALFONSO ÁNGEL CARRICONDO (1919-2000)
Nació en España el 26 de abril de 1919 y falleció en la localidad de Olivos, Provincia de Buenos Aires, el 17 de octubre de 2000. Fue el primer profesor de portugués del Instituto Argentino-Brasileño de Cultura de Buenos Aires. De niño se había educado en el Brasil, a donde había emigrado con su familia. Posteriormente, se trasladó a la Argentina, donde residió la mayor parte de su vida. Se incorporó al Instituto Argentino-Brasileño de Cultura como profesor de portugués alrededor de 1936. Había respondido a una convocatorio de ofrecimiento de empleo aparecida en un diario porteño. Se alejó del IABC hacia fines de 1952 o inicios de 1953 para dedicarse de lleno a la actividad comercial que ejercía paralelamente. El Profesor Carricondo, en sus últimos años, dictó clases de portugués en la Biblioteca Popular de Olivos. También publicó en 1992 un manual de portugués bajo el sello de la editorial Ocruxaves (O português que se fala no Brasil). De él dice César Viale: "Profesor de los Cursos de Portugués ha sido siempre Don Alfonso A. Carricondo quien al poner en su tarea toda su inteligencia y empeño ha demostrado una singular competencia que ha merecido el reconocimiento unánime de las autoridades del Instituto Argentino-Brasileño de Cultura como de sus alumnos en las aulas de esta institución" (César Viale. Cuatro años de presidencia en el Instituto Argentino-Brasileño de Cultura. Buenos Aires: edición del autor, 1945. p. 98).
  
MÉTODO DE PORTUGUÉS (1950)
Libro didáctico de autoría del Profesor Alfonso A. Carricondo conforme al Programa del Curso de Portugués del Instituto Argentino-Brasileño de Cultura. El libro procura conciliar el método tradicional de gramática traducción con el método directo, en uso desde comienzos del siglo XX. Presenta una serie de fragmentos literarios sobre los que giran los cuestionarios para la ejercitación oral y de contenidos gramaticales y léxicos para ejercicios de redacción. Existen al menos dos ediciones de esta obra: la de 1950 cuya tapa reproducimos y la de 1947; de esta edición consta en el registro en el Boletín Oficial de la República Argentina (1948, 1ª. seção) su anotación en la Dirección General del Registro Nacional: “Método de Portugués V año, 100 páginas. Autor: Alfonso A. Carricondo. Imp.: Enrique Casares. Edit.: El autor. Bs. Aires, 30 de septiembre de 1947. Tiraje: 100”


 ***
  
PRIMEROS PROFESORES (1935-1939)
En 1935, con motivo de la visita oficial a la República Argentina del Presidente de los Estados Unidos del Brasil, el Dr. Getúlio Vargas, se dio comienzo al curso para la formación de profesores de portugués y literatura brasileña en el Instituto Nacional del Profesorado Secundario de la Capital de la República Argentina (hoy, Instituto Superior del Profesorado "Joaquín V. González").

Al mismo tiempo, el Instituto Argentino-Brasileño de Cultura organizó en el Instituto Nacional del Profesorado en Lenguas Vivas un curso libre de portugués a cargo de la profesora CECILIA GOMES MOREIRA. Eran sus discípulas, hacia 1944, Manuela Elvira Payá, Ana María Sá, Susana Mom, Raquel Huaut, Elsa Giner, Susana Marthy y Ana Valella de Kalotta.
Los primeros egresados del curso pionero en el Instituto Nacional del Profesorado Secundario de la Capital aparecen retratados en una nota de la revista Caras y Caretas del 15 de abril de 1939: MERCEDES CROVETTO; MARÍA FELISA RÍPODAS; ROSA COATZ ROMER; M. LUISA GIORGI; PAULINA R. S. DE KOATZ; SECUNDINO DA FONSECA; JUAN SOUZA; MIGUEL GRAMPA (h.); BERNARDINO RODRÍGUEZ CASAL; JUAN CARLOS DEGASTALDI Y ENRIQUE PRAT. 


***
   Prof. Carlos Alberto Pasero


Consultar:
Pasero, Carlos Alberto (2007). "El método de portugués del profesor Alfonso Carricondo". In: Klett, Estela (Dir.). Recorridos en didáctica de las lenguas extranjeras. Buenos Aires: Araucaria. pp. 45-80.



sexta-feira, 4 de julho de 2014

BILINGUISMO E INTELIGÊNCIA

Níveis de fluência verbal e de leitura aumentaram em quem aprendeu pelo menos uma segunda língua (Foto: AFP/BBC)
Níveis de fluência verbal e de leitura aumentaram em quem aprendeu pelo menos uma segunda língua (Foto: AFP/BBC)

Falar uma segunda língua aumenta a inteligência, a fluência verbal e de leitura, mesmo quando o idioma é aprendido na idade adulta. Essas são as conclusões de um estudo da Universidade de Edimburgo, na Escócia.
 
Pesquisadores liderados pelo professor Thomas Bak, do Centre for Cognitive Ageing and Cognitive Epidemiology, compararam testes de inteligência de 262 pessoas. O primeiro teste do grupo foi feito quando essas pessoas tinham 11 anos de idade. O segundo teste foi feito quando já tinham mais de 70 anos.
 
O estudo, publicado na revista científica “Annals of Neurology”, concluiu que o grupo apresentava habilidades cognitivas significativamente melhores do que as registradas na infância.
 
Uma pesquisa anterior já havia concluído que ser bilíngue pode atrasar em vários anos o desenvolvimento de demência.
 
Dois tempos
O estudo tomou como ponto de partida resultados de testes de inteligência feitos em 262 escoceses quando tinham 11 anos de idade.
 
Os pesquisadores submeteram o mesmo grupo, agora com mais de 70 anos de idade, a novos testes, e analisaram o estado de suas habilidades cognitivas na velhice.
 
Todos os participantes disseram ser capazes de se comunicar em pelo menos uma outra língua além do inglês.
 
Desse grupo, 195 aprenderam a segunda língua antes dos 18 e 65 aprenderam depois dos 18 anos de idade. A pesquisa foi feita entre 2008 e 2010.
 
Inteligência e leitura
As áreas mais afetadas pelo aprendizado de uma nova língua são as da inteligência e da leitura. As conclusões foram as mesmas tanto no grupo que aprendeu o segundo idioma na infância quanto no que aprendeu mais tarde.
 
Durante o estudo, uma das questões levantadas foi se as pessoas eram mais inteligentes e por isso aprenderam uma segunda língua ou, se por aprenderem um segundo idioma, tornaram-se mais inteligentes.
 
Bak disse que o padrão revelado pelo estudo era “significativo” e que as melhorias na atenção, foco e fluência não podiam ser explicadas pela inteligência original (constatada a partir dos testes feitos na infância).
 
“Esses resultados são de relevância prática considerável. Milhões de pessoas no mundo adquirem sua segunda língua mais tarde na vida. Nosso estudo mostra que ser bilíngue, mesmo quando a segunda língua é aprendida na idade adulta, pode ser benéfico para o cérebro em envelhecimento”.

Fonte: BLOG DO IILP
 

 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

MESA DE JULIO

La mesa examinadora para alumnos regulares y libres del mes de julio se llevará a cabo el día martes 15 en los siguientes horarios:

NIVEL ELEMENTAL: DE 13 A 15 HS.

NIVEL SUPERIOR: DE 13 A 16 HS.

NIVEL MEDIO: DE 17 A 19 HS.

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en llamados anteriores de 13:30 hs. a 16 hs.

El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora del 1er. Piso junto al CBC y en La Caverna.
Los resultados se publicarán en la cartelera de portugués (tercer piso) EN FECHA A DESIGNAR.
 
Equipo docente.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

ANÁLISIS SOBRE LAS PROTESTAS SOCIALES DE JUNIO DE 2013








 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

MESA DE MAYO PARA ALUMNOS LIBRES

Informamos que la próxima mesa de exámenes libres se llevará a cabo el día martes 20 de mayo de 2014 en los siguientes horarios según niveles:

NIVEL ELEMENTAL 13 A 15 HS.

NIVEL SUPERIOR 13 A 16 HS.

NIVEL MEDIO 17 A 19 HS.

Publicación de resultados: 10 de junio en cartelera del departamento de Lenguas Modernas (3er. piso)

Vista de exámenes desaprobados: 17 de junio de 17 a 18 hs.

 
Equipo docente.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

“O português do Brasil vai dominar”

Mia Couto: “O português do Brasil vai dominar”

O romancista moçambicano afirma que o poder que o país tem de exportar cultura está contagiando todos os países de língua portuguesa

LUÍS ANTÔNIO GIRON
18/04/2014                    
Mia Couto (Foto: Julia Rodrigues/ÉPOCA )
A língua portuguesa está se transformando, muito por causa do papel das nações emergentes lusófonas da África. Nesta entrevista exclusiva a ÉPOCA, concedida em São Paulo, o escritor moçambicano Mia Couto, de 59 anos, diz que, apesar da renovação de linguagem que a África apresenta hoje, o Brasil reúne condições para se tornar a nação dominante do ponto de vista cultural e lingúsitca. Em relação aos países africanos, Couto diz que é preciso distinguir entre independência e descolonização – e que a África ainda não enfrentou o segundo termo. Para ele, o Brasil serviu como modelo para a formação da identidade nacional das nascentes nacos lusófonas da África, mas pelo lado da mistificação, o que se esgotou rapidamente. Ele afirma que o Brasil virou as costas para a África.

ÉPOCA – O uso do português em várias nações gerou diferenças de vocabulário e uso. O português está se transformando a ponto de se desfigurar?
Mia Couto –
O português é uma língua viva, não porque ela seja especialmente diferente. Mas ela viveu essa coisa que se chama Brasil. Vive a África que está se apropriando dela com cinco países africanos que o fazem de modo diverso. É evidente que é preciso um cuidado para que a língua continue com uma identidade e um fundamento. As diferenças do português em vários países não são sentidas como um problema. Salvo alguns intelectuais conservadores do Brasil e de Portugal, que têm um certo gosto de se apropriar da pureza da língua. De resto, existe nos países lusófonos até um gosto de visitar essas diferenças. O que está acontecendo de forma inelutável é que a variante brasileira será dominante. O português do Brasil vai dominar.

ÉPOCA – Por quê?
Couto –
Por causa do tamanho do Brasil e da capacidade que o país tem de exportar a si próprio, por via da novela de televisão. Há coisas que estamos pegando de vocês brasileiros que vocês nem notam. É o caso da expressão “todo mundo”. É uma expressão típica brasileira. Nos outros países dizemos “toda gente”. Mas hoje “todo mundo” é comum em Moçambique. Outra palavra é cambalacho... Deve ser uma expressão africana.

ÉPOCA – “Cambalacho” é um termo do lunfardo, da gíria portenha, que incorporamos... É como “bacana’, do lunfardo argentino. Há uma troca. Eu lamento que não saibamos mais sobre as formas de falar da África. O Brasil exporta, mas não sabe absorver o que vem de fora.
Couto –
O Brasil quis fazer uma batalha dentro da própria língua para se tornar independente de Portugal. Houve a afirmação de uma identidade própria que se expressa na língua. O Brasil sofre do peso de seu próprio tamanho. Sofreu um processo autocêntrico, que agora está sendo repensado e está mais propenso a escutar aquilo que vem de Moçambique, Angola e Timor Leste. Ele tem muita coisa da África, mas é antigo. Agora o país importa o vocabulário do Brasil. Nós africanos temos que ser mais ativos e mais criativos nessa troca com o Brasil.

ÉPOCA – Na palestra que o senhor fará no Brasil, o senhor chama atenção para o perigo de o pensamento se fechar em si mesmo. Como mantê-lo aberto?
Couto –
As fronteiras são vitais, todo organismo cria seus próprios limites. As fronteiras na natureza são feitas para intercambiar. Mas na civilização as fronteiras são feitas para fechar, para enclausurar. A grande aprendizagem nossa é se mantiver em uma fronteira que crie pontes. O grande problema hoje é que as fronteiras criadas entre culturas, civilizações e povos nascem para fechar. As fronteiras são construídas a partir do medo do outro, do desconhecido. O outro é apresentado como uma ameaça, aquele que tem uma outra política, uma outra religião.

ÉPOCA – O medo é também um problema político? Erguer fronteiras – políticas, culturais, linguísticas e espirituais – é uma necessidade humana?
Couto –
É uma necessidade humana, mas não da maneira como fazemos. Tivemos outras maneiras. Há culturas de hoje que são abertas, feitas para o convívio, para a partilha. Na África, muitas dessas fronteiras são vivas. As fronteiras se fecham às vezes. O fato de serem países em que o Estado homogêneo e todo-poderoso não existe tornam as fronteiras ávidas de deixarem de ser fronteiras. É uma condição diferente da dos países europeus, árabes, asiáticos e nos Estados Unidos. O medo hoje é bem distribuído, numa narrativa que contaminou tudo.

ÉPOCA – Por que a Europa está caminhando na direção da exclusão do imigrante e de sua transformação em mão de obra.
Couto –
Isso acontece como uma maneira de ocultar os problemas internos que essas sociedades têm. É uma forma de escamotear os conflitos internos desses universos. Existem razões que tendem a culpar o outro, sempre o estranho. É como as famílias que recomendam às crianças que não falem com estranhos. Quando, na realidade, as grandes violências são cometidas dentro da casa. Essa versão começa a ser inculcada desde a infância.

ÉPOCA – Como o senhor analisa a tribalização do mundo?
Couto –
A tribalização da Europa acontece ao contrário do que aconteceu na África. Noto isso em Moçambique, que se manteve isolado por longo tempo. Mas era um país sentado à beira da praia, esperando pelos navios. Tudo se deve à enfermidade dos mecanismos de pensamento, que tendem a criar essências, como algo que está fora da história, que faz parte da natureza. Assim, criam-se os estereótipos, como se dá no Brasil: os brasileiros do Sul são trabalhadores por natureza, os do Nordeste são menos trabalhadores, como se fosse uma coisa que está na massa do sangue. Como se tivéssemos que arrumar o mundo em um monte de gavetas, em vez de compreender que cada pessoa é uma pessoa e temos de procurar uma identidade.

ÉPOCA – O senhor tem uma expressão que pode soar politicamente incorreta: “Eu sou mulato não das raças, mas de existências”.
Couto –
É difícil de conviver com a complexidade que cada um tem dentro de si e o que cada outro é. Apesar da tendência de categorizar e simplificar, há qualquer coisa que escapa à categorização. É esta coisa que escapa que é o mais bonito, é o que quero fixar.

ÉPOCA – O senhor afirma que a atitude politicamente correta é prejudicial às sociedades pós-coloniais como Brasil e Moçambique. Por quê?
Couto –
Porque a mentalidade politicamente correta nasce de uma atitude religiosa do norte da Europa, da procura daquilo que é puro do ponto de vista moral, liberto de outras contaminações. Ela tenta resolver o mundo pela palavra. Pode soar poética, mas é uma coisa da religião protestante, que apoiava tudo na palavra divina, no poder do livro. É uma operação que obriga a pessoa a pensar duas vezes antes de dizer “favela” ou “comunidade” – um eufemismo que também tem origem religiosa. Tenho de policiar minha expressão de maneira que ela pareça certa. No fundo, não se resolve aquilo que é mais importante: mudar a realidade para que eu não tenha medo das palavras nem ter de pensar cinco vezes se eu devo dizer “negro” ou “preto” ou “afrodescendente”. O engraçado é que isso varia. Nosso foco tem que ser outro. É preciso deixar de pensar no vestuário superficial da palavra e ir mais fundo, investigar o próprio pensamento.

ÉPOCA – O senhor não acha que, mesmo assim, em nome da ética e do respeito, algumas palavras precisam ser substituídas?
Couto –
Há casos em que é preciso alterar o uso das palavras. A conotação que liga o negro ao negativo, ao sinistro.

ÉPOCA – Como é a mentalidade politicamente correta na África?
Couto –
Na África, essas coisas quase não existem, e quando ocorrem é por influência dos Estados Unidos. Essa coisa da afirmação positiva, das costas, nunca existiu. Mas agora já começa a haver um movimento a favor de introduzir um mecanismo de acerto por imposição de uma cota.

ÉPOCA – O senhor é a favor das cotas?
Couto –
Não tenho simpática nenhuma pelas cotas. A cota avilta quem recebe e não diz nada de quem a dá. É preciso que não haja cotas, e sim que se resolvam os problemas radicalmente.

ÉPOCA – Como seria resolver esses problemas em um mundo regido pelo mercado?
Couto –
Não sei se é tão inviável assim. Por que não fazemos outra vez uma revolução? Não sei como. Para já o que é preciso não aceitar as cotas. Parecem soluções, são panaceias. Na África, as elites reproduziram o discurso do orgulho nacionalista e acabaram por reproduzir também os mecanismos de repressão a seu próprio povo. Em relação à realidade anterior, colonial, nada mudou. Processou-se apenas uma mudança de turno, as elites substituíram o antigo poder colonial europeu. As elites africanas indigenizaram o próprio colonialismo. É um sistema. É como se o oprimido se tornasse rapidamente opressor.

ÉPOCA – Os países europeus experimentam hoje uma situação que África e Brasil já lidam há séculos: a da identidade múltipla. Com tantas identidades, a tendência não é a diluição? Ou o multiculturalismo é a solução para um mundo em crescente diversidade?
Couto –
Não gosto do conceito e da palavra multiculturalismo. É preciso considerar o que cada um de nós tem por dentro. Ninguém é feito de uma cultura só. Isso não existe hoje. Eu dei aulas como biólogo e eu mostrava aos meus alunos que eles não são um indivíduo, mas uma simbiose de indivíduos com identidades completamente diversas, como bactérias, fungos e vírus que não estão vivendo com eles, mas são eles. A aceitação de que somos tão diversos é difícil. Aí os alunos achavam estranho e diziam: “Bactérias? Então eu sou bactéria?” Gosto de tudo o que a ciência propunha para derrubar a ideia de que somos um produto divino e puro foi absorvida. Quanto aos europeus, eles acreditam que defendem uma fortaleza, que é o centro histórico da civilização. Isso foi manipulado para que eles pudessem conviver com outras culturas, aí o multicultralismo. Mas a verdade é a convivência é pacífica, mas cada um tem a sua cultura separadamente. Quando o ponto é que as culturas têm que se misturar e se tornar uma simbiose. Um pouco como aquilo que o Brasil fez: incorporar suas diferentes matrizes.

ÉPOCA – No Brasil isso acontece em um plano mais ideal que real.
Couto –
Sim, é mais o que o Brasil gostaria que acontecesse do que acontece. Os brasileiros conseguiram ir mais longe que quaisquer outros povos em fundir as religiões, fazer sincretismos, absorver as coisas que vieram da África e da Europa. Mas a sociedade brasileira é muito estratificada, é muito hierarquizada. E hoje acontece no Brasil um discurso de afirmação que dita que se sentir superior é se sentir europeu. O processo de imposição da língua, por exemplo, se deu pela violência. No Brasil ou em Moçambique, a língua portuguesa foi imposta. Há mais de 20 línguas diferentes em Moçambique. Todo mundo pode hoje falar sua língua, mas não é uma língua de prestígio, que pode chegar ao livro, como o português. O português é uma violência sutil hoje, mas continua presente.

ÉPOCA – O poder do pensamento sistemático ocidental é arrasador. O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss veio ao Brasil e descreveu a complexidade do pensamento selvagem. Mas esse pensamento é reduzido a um objeto de estudo antropológico. O que seria uma redução.
Couto –
O problema é que as pessoas que vivem esse pensamento aprendem rapidamente a se envergonhar do que elas pensam e praticam o suicídio epistemológico. Eles se encarregam eles próprios de matar os fundamentos de seu pensamento. Quando é objeto de uma coisa exótica, com sua graça, que serve a uma disciplina de etnografia e antropologia, mas não de alguma coisa que pode ser incorporada na modernidade. E aí o pensamento selvagem não tem lugar. Só tem lugar como objeto de museu.

ÉPOCA – Os artistas tentaram alterar a imagem da África, não? É o caso de Picasso e sua tela Les Demoiselles d’Avignon...
Couto –
A arte vai à frente, tentando abrir um caminho, de uma maneira muito modesta. Mas isso depois tem consequências. A arte e a literatura podem criar um desejo de que o mundo pode ser diverso. É um trabalho quase psiquiátrico o do artista, o de fazer as pessoas perderem o medo do outro e do desconhecido. Não só isso, mostrar que aqueles que a gente tema podem manter conosco uma relação de solução e de enriquecimento. A arte pode propor uma relação de namoro.

ÉPOCA – Como enfrentar os problemas culturais e educacionais nos países africanos?
Couto –
Hoje há muito mais gente em escola. Não são escolas que pensem seu próprio perfil e no sentido da utilidade. Estamos defasados em relação às grandes demandas do mundo. Falta qualificação em áreas no domínio técnico. Portanto, estamos criando uma situação em que há muita gente escolarizada e pouca preparada para enfrentar o mundo. A apreciação da África tem que mudar, e ler literatura contemporânea da África ajuda nisso. A África não exporta só jogador de futebol e dançarino. Exporta pensamento, a capacidade de produzir beleza.

ÉPOCA – O Brasil hoje voltou a ser modelo para a África?
Couto –
O presidente Lula torou o Brasil mais próximo. Até então o Brasil estava de costas viradas para a África. Na relação entre o Brasil e África, pode-se dizer que há um pré-Lula e um pós-Lula. Com Dilma, existe uma continuação. As empresas brasileiras foram levadas para a África e nossa relação se libertou do laço político. A Odebrecht, a Vale e Andrade Gutierrez estão presentes na África e estabeleceram uma relação que não depende mais da política. São empresas que criam relações. A Vale tem milhares de funcionários brasileiros que vivem em Moçambique, nas mais diferentes cidades. E isso cria qualquer coisa próxima. Eu lembro que anos atrás eu cheguei a um hotel, os moçambicanos se cumprimentavam à maneira indiana, com “Nemastê”. Eu não via televisão e achei tudo estranho. Só depois que soube que era por causa de uma novela, O caminho das Índias, que os brasileiros estavam vendo no hotel, e que contaminaram todos. Ali eu vi a globalização: os africanos se cumprimentando à maneira indiano por causa de uma novela brasileira.

ÉPOCA – Como está a literatura moçambicana hoje?
Couto –
Há uns cinco escritores interessantes e que se projetam mundialmente. O fato é que vivemos uma estagnação durante a guerra civil, de 1977 a 1992. A escola que ainda cultivava a literatura morreu. Hoje assistimos aos meninos que estão abraçando a poesia e o conto, e estou muito otimista.

ÉPOCA – Por que o senhor nunca saiu de Moçambique e trocou Maputo por Lisboa?
Couto –
Isso acontece mais com os africanos de língua inglesa do que os lusófonos. Lisboa é uma capital atraente mas não é Londres nem Paris. Nunca me ocorreu fazer isso. Não era um opção. Se eu tivesse de sair de Moçambique, eu carregaria Moçambique comigo. Minha família era muito nuclear. Fui visitar Lisboa quando adulta. Meus pais e meus irmãos estão lá. É como se Adão e Eva estivessem nascido em Moçambique. Outro mundo era coisa estranha. O Brasil sofreu um processo autocêntrico, que agora está sendo repensado.

ÉPOCA – O senhor diz que a literatura brasileira não é conhecida na África. Como o senhor faz para tomar contato com ela?
Couto –
Quando estou no Brasil faço minha incursões. Gosto de algumas coisas que estão sendo feitos, como o Milton Hatoun, que é uma referência para mim. Um livro que me marcou foi O leite derramado. Porque eu queria ter feito esse livro, a memória de um velho que está no limite do que podemos acreditar, contando sua história e a de seu país. Era o meu projeto. Eu me reconheci no livro. Estou tentando encontrar uma maneira que seja minha.

ÉPOCA – O senhor está escrevendo um romance?
Couto –
Sim, ainda não tem título. É a história de um imperador, Gungunyana, um resistente contra a ocupação colônia, ele reinou de 1870 a 1895. Portugal precisava de capturá-lo para manter seu território colonial. Eu quero contar a história dele, mas não como um romance histórico, mas através de uma tradutora, como um elo entre o poder colonial e a resistência. Ela foi levada a Lisboa com Gungunyana. Ele morreu nos Açores, enterrado no mar como diz a personagem. É uma tentativa de reabilitar um personagem de um tempo que foi mistificado.

ÉPOCA – O que o senhor aprendeu com os escritores brasileiros?
Couto –
Eu vim beber no Brasil. Sou mais influenciado pelos poetas brasileiros, como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. A minha casa vivia cheia de poesia, porque meu pai, Fernando Couto, era vidrado em poesia brasileira e francesa. Eu tinha discos da poesia jogral de São Paulo, que hoje ninguém mais conhece. Mas me marcou escutar poemas como “Essa nega fulô”, de Jorge de Lima. Poesia era mais som do que leitura para mim. Em minha casa viviam essas vozes. Eu nem me dava conta de que poesia vinha do livro. Comecei a ouvir música brasileira na nossa varanda. Meu pai ouvia também as canções praieiras do Dorival Caymmi e aquele jeito doce de cantar me marcou desde menino. Depois vieram João Cabral de Melo Neto e Guimarães Rosa. Quando publiquei Vozes amanhecidas, em 1987, eu sofria influência do Guimarães Rosa, embora nunca o tinha lido. Depois o escritor Luandino Vieira, que transgredia a norma incorporando os sotaques de Luanda, chamou atenção em um entrevista que era influenciada por Guimarães Rosa. Eu consegui uma fotocópia do conto “A terceira margem do Rio” e finalmente li. Quando escrevi o segundo livro de contos, Cada homem é uma raça, aí já era totalmente influenciado em Guimarães Rosa. Os contos dele são romances condensados.

ÉPOCA – O senhor se encantou com Rosa pelo fato de ele experimentar e manipular a linguagem?
Couto –
Sim. E era uma coisa que fazíamos intuitivamente em Moçambique, como deve ser quando incorporamos uma língua. Precisamos torná-la íntima, namorar com ela no chão e criar um novo ser. O Rosa faz parte de um contexto histórico em que havia a necessidade de criar o sertão, uma fronteira pura em que o mundo não chegava para contaminar. É a construção do território da palavra, contra a lógica do tempo, isso me parecia importante.

ÉPOCA – Qual a sua principal influência literária?
Couto –
Venho da poesia. Li poesia francesa, como os surrealistas Paul Éluard e Jacques Prévert, os petistas da resistência espanhola como Miguel Hernandez ou García Lorca. Vivíamos como se a poesia fosse um habitante da casa. Fernando Pessoa é impossível de contornar. Ele é infinito. Na adolescência ele era o meu guia. Ele é o maior. Ele me ajudou a me resolver internamente, naquele momento que temos de nos confrontar com escolhas e criar uma identidade reconhecível, simples e única. Ele foi mais que uma influência literária. Foi filosófica. Ele me ensinou a ser múltiplo e plural. Ele é o verdadeiro autor de autoajuda.

ÉPOCA – O quanto de poesia tem a sua obra de ficção? Há diferença para o senhor entre poesia e prosa?
Couto –
Eu estou sempre lá na poesia. Não vejo diferença, faço prosa e poesia. Quando decido contar uma história, romance ou conto, acontece em poesia, só. É um estorvo. Quero contar uma história e ter a disciplina de romancista e lá está a poesia. Agora, olhando para a chuva na janela, a poesia é uma chuva que limpa o céu e torna a alma limpa. Vou para o romance sem saber como vai ser a história. É como se a poesia me ajudasse de olhar a história.

ÉPOCA – De onde o senhor tira suas histórias? E como as compõe?
Couto –
Conto uma história a partir da sugestão do real. Mas tenho um pudor que me faz não reproduzir uma história real. Tiro de conversas de pessoa. Isso vem da capacidade de escutar os outros, há sempre uma história que está oculta. É um exercício que faço desde menino. Eu me sentava diante da casa e os meus pais me chamavam de muito devagar. Eu era muito sossegado. E assim eu observava. Contar história é uma coisa que parte do não saber. É uma ignorância intencional. Ela me torna disponível para escutar vozes dos personagens. O que eu gosto é criar personagens. Eles têm de ser suficientemente sedutores para que eles possam me escutar também. É um jogo. Eu sei que é romântico o modo como olho o meu próprio modo de produção. Mas é assim que funciona.

ÉPOCA – O senhor é romântico, não?
Couto –
Sou um romântico que briga com a realidade, mas não lhe dá tanta importância assim como os românticos do passado. É que é um modo de subverter as coisas que eu aprendi do [líder revolucionário] vietnamita Ho Chi Minh. Ele escreveu uma poesia delicadíssima quando estava na cadeia. Perguntaram a ele como era possível ele ter escrito poesia tão singela numa posição tão dura. A resposta dele é um lema para mim: “Eu desvalorizei as paredes”. No fundo ele nunca esteve preso. Estamos presos a esta coisa que chamamos realidade, há uma ditadura que diz que o mundo tem que ser assim. Mas o mundo não é assim. Há outros mundos possíveis.

ÉPOCA – Qual o seu método de trabalho?
Couto –
Estou sempre anotando. Meus bolsos estão cheios de papéis e isso me atrapalha. É um caos permanente que depois pede que eu tenha um retiro para eu poder dar uma ordem a isso. Escrevo com a mão. Anoto em cinco, seis caderno que perco, e depois escrevo no computador. O caos faz parte de mim.

ÉPOCA – Que conselhos o senhor daria a um escritor jovem ou iniciante?
Couto –
Meu conselho é que ele não fique intimidado pelo desejo de escrever bem. O escritor não é aquele que escreve bem só. Estiver bem escrevem muitos. É que ele procure a história, aquilo que é único, que ele deixe se surpreender com a permanência da infância nele. Não ter medo da infância.

ÉPOCA – Experimentar a linguagem não está fora de moda?
Couto –
Eu mesmo não me contento mais com isso. Estou buscando uma via, quero me surpreender, quero ousar. Por via da poesia quero manter uma relação de surpresa com a linguagem. Mas a busca da palavra transgredida estou abandonando. Há uma diferença em relação a isso com o tempo. Minha literatura ficou mais contida.

ÉPOCA – O senhor enxerga alguma coisa boa na literatura de entretenimento?
Couto –
Eu não gosto disso. Livros de aeroporto eu raramente compro. Eles são anunciados como os mais vendidos. Não é um estigma, mas eu procuro aquilo que é mais experimental e feito com um propósito que não seja de venda.

ÉPOCA – É difícil ser escritor sem marketing, seja o pessoal, seja os das agências literárias e editoras. É possível viver sem isso?
Couto –
A negocia ação que você pode fazer com o mercado é no sentido de não alterar o território impoluto da produção artística. Há um território que tem que ser preservado. No meu caso, tenho sido capaz de manter isso. Não faço por cálculo nem administro o que eu sou ou o que eu faço que não seja pelo trabalho artístico.

ÉPOCA – As mudanças tecnológicas – como internet, e-books e tablets – estão alterando a forma de fazer literatura – e seu estilo?
Couto –
Não sou muito capaz de entrar nesse mundo. Mas entrei o suficiente para que ele me ajudam. As tecnologias são escravas, ferramentas que eu uso, mas mantenho o meu universo interior.

ÉPOCA – Os blogs provocaram uma renovação literária significativa ou repetem chavões?
Couto –
Sim, a literatura se tornou mais acessível, aberta e imediata. Democratizar os autores é um universo completamente novo.

ÉPOCA – Qual o futuro da ficção num mundo cada vez mais fascinado por produtos de alta tecnologia? A leitura não está prejudicada? A atenção não se dispersa?
Couto –
A tecnologia não é ameaça. O pior é a incapacidade dos jovens de produzir histórias. Ele precisam ser capazes de ser autores das próprias histórias. Meu medo é que os jovens passem a ser grandes consumidores e não autores de um narrativa das suas próprias fantasias. E isso começa na linguagem funcional e utilitária. Aquilo que está na língua e é fonte de enorme prazer e invenção da pessoa, essa parte está muito esquecida.

Fonte: Época (http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2014/04/bmia-coutob-o-portugues-do-brasil-vai-dominar.html)