quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

MESA DE FEBRERO

Informamos que la próxima mesa de alumnos libres se llevará a cabo ...

el MARTES 14 DE FEBRERO en los siguientes horarios...


NIVEL MEDIO:  de 11 a 13 hs.

NIVEL ELEMENTAL: de 13 a 15 hs.

NIVEL SUPERIOR: de 13 a 16 hs.


Publicación de notas: EL VIERNES 3 DE MARZO A LAS 18 HS. en la cartelera de Portugués del Depto. de Lenguas Modernas (tercer piso).


Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13 hs. a 15 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

MESA DE DICIEMBRE

Les informamos que la mesa de alumnos libres y regulares de diciembre se llevará a cabo ...

el MARTES 6 DE DICIEMBRE en los siguientes horarios...


NIVEL MEDIO:  de 11 a 13 hs.

NIVEL ELEMENTAL: de 13 a 15 hs.

NIVEL SUPERIOR: de 13 a 16 hs.


Publicación de notas: viernes 16 de diciembre a las 18 hs. en la cartelera de Portugués del Depto. de Lenguas Modernas (tercer piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13 hs. a 15 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.




sexta-feira, 26 de agosto de 2016

MESA DE SETIEMBRE

Informamos que la próxima fecha de pruebas libres será el martes 20 de SETIEMBRE de 2016, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 11 a 13 HS. 

NIVEL ELEMENTAL: 13 a 15 HS.

NIVEL SUPERIOR: 13 A 16 HS.

Los resultados se publicarán el martes 4 de OCTUBRE a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13 hs. a 16 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

PORTUGUÊS NO SISTEMA EDUCATIVO FRANCÊS


O ministro da Educação de Portugal disse hoje que o português passará, a partir do próximo ano letivo, a integrar os currículos do sistema escolar francês como língua estrangeira.
Os ministros da Educação de Portugal e França, Tiago Brandão Rodrigues e Najat Vallaud-Belkacem, respetivamente, assinaram, em Paris, uma declaração política para reforçar a cooperação bilateral no domínio da língua.
“Com esta declaração, acima de tudo, conquistamos, por um lado, que o português possa ser ensinado em França como língua estrangeira viva, havendo a sua integração nos currículos do sistema escolar, isto é, em vez de ser uma língua supletiva, uma língua que complementava os currículos, a partir de agora, o português passa a fazer parte do sistema escolar, completamente integrado”, disse à Lusa Tiago Brandão Rodrigues, contactado a partir de Lisboa.
De acordo com o ministro da Educação, “o português passará a ser tratado como as línguas internacionais mais difundidas, como o inglês, o espanhol, o italiano”, facto que classificou como “muito importante”.
Segundo um comunicado do Ministério da Educação português, a França fará a substituição do “Ensino de Língua e Cultura de Origem (ELCO)” no sistema escolar por um novo dispositivo, o “Ensino Internacional de Línguas Estrangeiras (EILE)”, que começará a ser aplicado já no ano letivo de 2016/17.
Por outro lado, disse Brandão Rodrigues, essa mudança também é importante para a comunidade portuguesa, que terá acesso ao português integrado nos currículos e “porque existirá uma continuidade ao longo de todo o sistema escolar” do ensino da língua portuguesa, tanto no ensino básico como no secundário.
Permitirá ainda, segundo o ministro, o aumento de alunos que não são de origem portuguesa nos cursos de português, pois também vão ter acesso à língua portuguesa ao longo em todo o sistema escolar em França.
“Portugal irá continuar a dar todos os recursos que dava até aqui para o ensino do português em território francês e a França passa a dar mais recursos importantes para a consolidação da língua portuguesa”, indicou o ministro.
Tiago Brandão Rodrigues sublinhou ser importante aprofundar a cooperação educativa e linguística em acordos futuros e manter um acompanhamento técnico regular do ensino do francês em Portugal e do português em França.
“Portugal é pioneiro nessa iniciativa do Governo francês, que quer alargar esse compromisso com outras línguas”, disse ainda.
Essa declaração política, afirmou o Brandão Rodrigues, “acontece também essencialmente num quadro dos laços de amizade que existe bilateralmente, como se viu também nesses últimos tempos pelas visitas mútuas que aconteceram a ambos os países”.
“Acima de tudo é importante entender que o francês e o português apresentam-se como línguas com dimensões internacionais, como línguas de trabalho de organizações internacionais, mas também línguas da ciência, línguas de culturas, línguas de comunicação”, afirmou.
Para o ministro português, “era importante” ter “instrumentos para robustecer a aprendizagem e o ensino da língua, do português em França e do francês em Portugal”.
Segundo a nota do Ministério da Educação, esta declaração conjunta traduz, “antes de mais, uma forte vontade política, uma vez que inaugura uma nova e ainda mais ambiciosa etapa de promoção recíproca do ensino do português e do francês nos sistemas educativos de ambos os países”.
De acordo com o documento, a partir do trabalho que conduziu à assinatura desta declaração conjunta, ambos os ministros concordaram que seja celebrado até ao fim do ano um novo acordo de cooperação educativa.
O documento também foi assinado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva.
Fonte: http://observador.pt/2016/07/25/portugues-sera-integrado-no-sistema-educativo-frances-como-lingua-estrangeira/

Cadernos do IEB: "Cultura e Identidades Brasileiras"


O Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo informa o lançamento da primeira publicação online do IEB USP no Portal de Livros Abertos da USP. Trata-se da série Cadernos do IEB,"Cultura e Identidades Brasileiras" - I Encontro de Pós-Graduandos do Instituto de Estudos Brasileiros - 2014, uma parceria com SIBiUSP. Para acessá-lo:

terça-feira, 14 de junho de 2016

PRUEBAS LIBRES Y REGULARES DE JULIO

Informamos que la próxima fecha de pruebas libres y regulares será el martes 5 de JULIO de 2016, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 13 a 15 HS. 

NIVEL ELEMENTAL: 15 a 17 HS.

NIVEL SUPERIOR: 15 A 18 HS.

Los resultados se publicarán el martes 12 de junio a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 15 hs. a 17 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

domingo, 24 de abril de 2016

LEITURA SOBRE O 25 DE ABRIL...

O 25 DE ABRIL E O ENSINO E A EDUCAÇÃO EM PORTUGAL

2016-04-22

De todas as transformações que sofreu a sociedade portuguesa pós-25 de Abril de 1974, o sector do ensino e da educação foi, certamente, uma das mais significativas.
                                                                      
1 – Do Estado Novo ao 25 de Abril
O golpe militar de 28 de Maio de 1926, que a si próprio se denominou “Revolução Nacional”, teve um período de ditadura militar entre 1926 e 1933 e, após a aprovação referendária da constituição nesse ano, passou a denominar-se Estado Novo, já com o ministro das Finanças, Oliveira Salazar, no lugar de chefe do governo, que então se denominava Presidente do Conselho de Ministros.
A evolução do salazarismo teve dois períodos distintos: o primeiro, até ao final da Segunda Grande Guerra (1945), dominado por uma ideologia católica tradicional e ruralista e por um regime autoritário que sofreu alguns abanões com a vitória das forças democráticas nessa guerra e as pressões que fizeram para a mudança da política portuguesa, mas que mesmo assim conseguiu sobreviver. O segundo período vai até 1968, ano da queda da cadeira de Salazar e da sua impossibilidade de continuar a desempenhar o seu cargo por incapacidade mental. Neste período, embora com muitas cautelas e condicionamentos, houve um desenvolvimento da electrificação e das indústrias que permitiram ao sector secundário suplantar o primário no peso da economia pela primeira vez em 1963.
Sucedeu-lhe Marcelo Caetano que herdou um país envolvido numa guerra desde 1961, que então já se desenvolvia em três frentes, num crescente isolamento internacional de Portugal pela manutenção desta política colonial e com uma “oposição” interna a crescer nos sectores oposicionistas, formada essencialmente pela juventude operária e estudantil, pelos democratas e mesmo por alguns sectores de católicos. Não houve qualquer mudança substancial (apenas mudança de alguns nomes nas coisas), mas apenas continuidade na agonia lenta de um sistema, que já vinha de trás, desde o início dos anos 60, com uma guerra sem solução política possível e uma emigração de portugueses para a Europa na ordem da centena de milhar por ano.
Por isso o 25 de Abril já era esperado, embora tivesse constituído uma brutal surpresa para a chamada “situação” da época.

2 – A escola salazarista dos anos 30
A escola do salazarismo na sua primeira fase era uma escola profundamente ideológica na defesa dos valores tradicionais “Deus, Pátria, Família” (entendidos no seu sentido mais retrógrado, com a igreja a supervisionar tudo ao toque do sino da sua torre e as mulheres entregues à lida doméstica, com um rancho de filhos atrás, e os homens ao trabalho do campo para sustentar a casa). A instrução das massas devia ser básica, de 3 anos para as raparigas e 4 para os rapazes (isto já nos anos 50), e visava a que todos aprendessem a ler, escrever e contar. Só os privilegiados é que tinham acesso aos outros graus de ensino e a universidade era para um pequena elite que se autoreproduzia.
Um(a) professor(a) primário(a) – ou regente escolar – tinha uma turma de cada sexo, uns da parte da manhã, por exemplo, as raparigas, outros da parte da tarde, talvez os rapazes, quando as escolas não tinham ainda mais do que uma ou duas salas. E havia o crucifixo e o retrato de Salazar e do Presidente da República de então na parede, além da régua ou palmatória para castigar os indisciplinados e os “burros”.
Sim, porque o ministro da Educação da época teceu umas considerações num jornal diário, nos anos 30, em que dividia a população escolar nas seguintes percentagens: 8% são “ineducáveis” – isto é, não se pode fazer nada por eles – 15% são “normais estúpidos” – é preciso muito trabalho para conseguir deles alguma coisa de vez em quando – 60% têm inteligência média e só 2% é que são “notáveis”… Portanto, à partida, 23% dos alunos são para pôr fora do sistema o mais depressa possível!

3 – A escola depois do 25 de Abril
Da reforma de Veiga Simão (iniciada no período marcelista pós-Salazar), ao 25 de Abril de 1974 e, na sua sequência, nas décadas seguintes (passando pela Lei de Bases de 1986 e o alargamento da escolaridade obrigatória para nove anos), em termos de educação e escola pública, pode-se dizer que esta se transformou numa questão central e ocupou um lugar extremamente importante no processo democrático em curso desde então e mudou completamente o panorama sociocultural do país, levando-o a aproximar-se dos valores que se registavam nos países da OCDE.
Também a introdução no sector público da Educação Pré-escolar e da Educação Especial, a continuação da unificação do ensino, a mudança de programas e de métodos pedagógicos e, sobretudo, a entrada e manutenção de largas centenas de milhar de novos alunos que passaram a estar mais anos na escola pública, mudaram completamente a tipologia do sistema educativo português que, de elitista passou à massificação, proporcionando a quase todas as crianças em idade escolar a igualdade de oportunidades de acesso ao sistema e contribuindo para a sua democratização.
Contudo, apesar de ter aumentado substancialmente a frequência do Ensino Superior e do Ensino Secundário, as desigualdades sociais, culturais e de desenvolvimento regional entre o litoral e o interior, nunca permitiram que o acesso universal de todas as crianças e jovens em idade escolar tenha ultrapassado significativamente a barreira dos 80%, no caso da finalização com sucesso do 9º ano de escolaridade, ou dos 65% no caso do 12º ano, tendo havido uma estagnação a partir de meados dos anos 90. Apesar de tudo recuperou-se bastante, em termos estatísticos, nos últimos 40 anos, em relação aos países europeus.
Hoje, as questões que se colocam à escola pública são, em Portugal, a questão do sistema de avaliação (provas de aferição ou exames?), a questão curricular (ensino profissionalizante  com duas vias ou via única até ao fim dos 9.º ano?) e a questão de dar continuidade  a uma segunda oportunidade aos adultos com pouca escolaridade.
Rolando F. Silva

FONTE: http://www.antenalivre.pt/noticias/o-25-de-abril-e-o-ensino-e-a-educacao-em-portugal-/

sexta-feira, 22 de abril de 2016

MESA DE EXÁMENES DE MAYO DE 2016

Informamos que la próxima fecha de pruebas libres será el martes 17 de MAYO de 2016, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 13 a 15 HS. 

NIVEL ELEMENTAL: 15 a 17 HS.

NIVEL SUPERIOR: 15 A 18 HS.

Los resultados se publicarán el martes 7 de junio a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 15 hs. a 17 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

segunda-feira, 14 de março de 2016

CONGRESSOS DE LÍNGUA PORTUGUESA





































































Fonte: OGL.gal
http://pgl.gal/lingua-portuguesa-sera-protagonista-de-congressos-no-brasil-e-no-chile/

domingo, 6 de dezembro de 2015

MESA DE EXÁMENES DE FEBRERO DE 2016


Informamos que la próxima mesa de libres se llevará a cabo el martes 16 de febrero de 2016, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 11 a 13 HS. 

NIVEL ELEMENTAL: 13 a 15 HS.

NIVEL SUPERIOR: 13 A 16 HS.

Los resultados se publicarán el martes 1 de marzo a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13 hs. a 15 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

sábado, 5 de dezembro de 2015

LEITURA: DEPOIMENTO DA FILHA DE GUIMARÃES ROSA

“Quando escrevia, ele mergulhava na própria obra”, diz filha de João Guimarães Rosa em aula aberta sobre o escritor

por Comunicacao UNIRIO — publicado 04/12/2015 18h50, última modificação 04/12/2015 23h26
“Quando escrevia, ele mergulhava na própria obra”, diz filha de João Guimarães Rosa em aula aberta sobre o escritor
Agnes Guimarães Rosa Amaral e sua filha, Busi Guimarães Rosa Ellis do Amaral (Foto: Comso)
“O sertão está dentro da gente. Alguns têm um sertão pequenininho, outros têm um sertão grande: cada um tem que viver de acordo com seu sertão”. Foi assim que o escritor João Guimarães Rosa respondeu à pergunta da filha Agnes Guimarães Rosa Amaral quando ela lhe indagou: “Por que Grande Sertão?”. Em aula aberta sobre o autor realizada na noite desta quinta-feira, dia 3, na Escola de Letras, Agnes revelou essa e outras memórias com o pai e falou sobre sua trajetória  desde os tempos em que trabalhava como médico no interior de Minas Gerais até sua morte, em 1967, aos 59 anos de idade, três dias após tornar-se imortal da Academia Brasileira de Letras. Com muito bom-humor e deixando transparecer grande admiração pela figura paterna, a convidada abordou assuntos como a visão de mundo, o processo criativo, a vida amorosa e a carreira diplomática do escritor. Confira alguns trechos da aula, que integrou a disciplina Literatura Brasileira Moderna, lecionada pela professora Masé Lemos.
Família
“‘Joãozito’ era como mamãe o chamava. Para nós, ele era o ‘João Papai Beleza’. Conheci os dois: o escritor João Guimarães Rosa e o João Papai Beleza.”
“Eu combinava muito com ele no amor pelos bichos e pela geografia. Pegávamos uma barca e íamos para Paquetá. Papai dizia: ‘Desenha uma tartaruga!’ Eu ainda era pequena, mas ele me tratava como gente, não como uma criança tola.”
“Eu lia muito. Até os 15 anos, eu era aquela menina chata cujos pais não deixavam ler coisas mais sensuais. Depois disso, eles deixaram. Foi aí que li um livro chamado A Esquina do Pecado: a maior bomba que eu já li!”
“Papai dizia: ‘Leia muito, mas escolha quem você vai ler, pois ler coisas ruins não vale a pena’. Uma vez, perguntei quem eu deveria ler. Ele respondeu: ‘Você deve ler Rudyard Kipling, Joseph Conrad e Guimarães Rosa’”.
 “Certa vez, na faculdade, tive que fazer um trabalho sobre um personagem histórico. Escolhi San Martín e minha nota foi 95. O professor me devolveu o texto com os dizeres: ‘Muito bom seu trabalho: 95. Não te dou 10 porque senti que tem dedo de Guimarães Rosa’. Mas tinha era sangue de Guimarães Rosa!”
Criação literária
“Quando ele escrevia, mergulhava na própria obra. Naquele momento, ele era o escritor Guimarães Rosa – não o homem nem o diplomata. Ele tinha um livrinho no qual tomava nota de tudo. Uma vez escrevendo, ele se transformava. E era uma pessoa muito angustiada – como todo artista, ele tinha a angústia da criação.”
“Ele gostava de ficar no cantinho dele escrevendo e lendo. Gostava de ir para uma fazenda e ficar conversando com as pessoas de lá. Gostava de gente.”
“A linguagem popular [utilizada nas obras] é a linguagem dele. Ele nasceu no interior e essa foi a linguagem que ele aprendeu. Depois de adulto, não assimilou a linguagem culta, usada no meio diplomático.”
“Eu perguntava por que os livros dele era difíceis de ler. Ele dizia: ‘Porque você não lê em voz alta.’ Tinha que pegar a entonação certa para ler.”
Trajetória
“Ele foi para Belo Horizonte quando terminou o colégio, fez faculdade de medicina lá, se casou e foi para Itaguara (MG). Mas ele não gostava de medicina, detestava ver as pessoas sofrerem. Quando foi para o interior, trabalhava com a ajuda de curiosos [em vez de profissionais] – e isso o deixou possesso”.
“Depois, ele foi para Barbacena (MG), onde se tornou coronel médico da Polícia Militar. Foi lá que eu nasci.”
 “Mamãe sugeriu que ele fizesse o concurso para o Itamaraty. Ele fez e passou em segundo lugar.”
“Ele gostava de viajar, ver novos costumes, novos mundos, mas não gostava de ser diplomata. Viajar é uma coisa; ser diplomata em um país estranho é outra.”
“O papai não gostava de mediocridade. ‘Quando você é medíocre, você perde metade da sua personalidade’, ele dizia.”
Vida pessoal
“Houve três mulheres importantes na vida dele. A primeira foi mamãe, que era a namoradinha que ele apanhava na porta da escola em Belo Horizonte. Na Alemanha, como diplomata, ele conheceu outra mulher, que chamo de ‘carma’ da vida do papai; foi o problema da vida dele. E a terceira, que digo que foi um ‘amor de outono’, se chamava Francisca.”
“Papai gostava de Bach e Mozart, mas a música preferida dele vinha dos berrantes [cornetas feitas de chifres de animais para chamar o gado no campo]. Ele dizia que aquilo era a melodia mais bonita do mundo, porque lembrava a infância dele.”
“Ele enchia a banheira de água quente, punha uma pilha de livros ao lado e ficava lendo – manias que ele tinha.”
“Tinha pavor de avião.”
“Em qualquer país onde chegasse, ele ia logo visitar o jardim zoológico e faz comentários espirituosos sobre os bichos.”
“Quando ele foi para a Academia tomar posse, já foi de fardão. O taxista era português. Quando papai chegou, ele perguntou: ‘Sois rei’?”
“Ele quis ver as netas [pouco antes de ter um infarto fulminante]. Abraçou minha filha e disse: ‘Não esquece nunca do seu avô’. Acho que pessoas inteligentes como ele têm um sexto sentido.”
“Para mim, ele ficou encantado, não morreu. Ele está viajando, um dia desses aparece por aí.”
[Gabriella Praça/Comso]
Fonte: http://www.unirio.br/news/201cquando-escrevia-ele-mergulhava-na-propria-obra201d-diz-filha-de-joao-guimaraes-rosa-em-aula-aberta-sobre-o-escritor

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

"BRASILIANA FOTOGRAFICA"

O portal Brasiliana Fotográfica é um projeto de reunião de acervos fotográficos do país. Ele nasce como uma parceria entre a Biblioteca Nacional e o IMS, mas o objetivo é integrar outras instituições. O site começa com 2.393 imagens, selecionadas nos acervos de BN e IMS. São fotografias do século XIX e das três primeiras décadas do século XX. A ideia é ampliar constantemente o número de fotos no banco de dados e, futuramente, avançar para décadas mais recentes.

domingo, 18 de outubro de 2015

MESA CORRESPONDIENTE A DICIEMBRE


Informamos que la próxima mesa de libres y regulares se llevará a cabo el lunes 30 de noviembre, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 11 a 13 HS. 

NIVEL ELEMENTAL: 13 a 15 HS.

NIVEL SUPERIOR: 13 A 16 HS.

Los resultados se publicarán el martes 15 de diciembre a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13 hs. a 15 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

sábado, 29 de agosto de 2015

MESA DE SETIEMBRE

Informamos que la próxima mesa de libres se llevará a cabo el 22 de setiembre, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 9 A 11 HS. 
NIVEL ELEMENTAL: 11 A 13 HS.
NIVEL SUPERIOR: 11 A 14 HS.


Los resultados se publicarán el martes 6 de octubre a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 12 hs. a 14 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

domingo, 16 de agosto de 2015

NUEVO CUADERNILLO DE LECTURAS PARA PORTUGUÉS MEDIO




Informamos que ya se encuentra disponible, para uso exclusivo de los alumnos de la Facultad de Filosofía y Letras de la UBA, el nuevo cuadernillo de lecturas y actividades para "Português Médio". 

El material fue elaborado por los docentes de la Cátedra de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas, Isabel Moreira Aguiar, Leonardo Ortiz, Carla Panto González, Gloria Pérez Pita, Alba Salto, Helga Schweizer, con la coordinación del profesor Carlos A. Pasero. La revisión técnica final estuvo a cargo de la Lectora Isabel Moreira Aguiar.

El cuadernillo se consigue en "La Caverna" (Puan 404, CABA) y en la Fotocopiadora de Primer Piso (FFYL-UBA).





quinta-feira, 9 de julho de 2015

LEITURA: "O MELHOR PROFETA DO FUTURO É O PRESENTE" - WAGNER NOVAES

















Wagner dos Reis Novaes é seu nome completo. O "dos Reis" é porque nasceu em 6 de janeiro e, para agradar-se a si mesma e à sua mãe, a mãe de Wagner deu-lhe o nome que queria e evitou chamá-lo Gaspar, Melchior ou Baltazar. Cursou o primário, o ginásio, o secundário e Direito em Maceió. Estudou depois na Fundação Getulio Vargas, no Rio, e na Universidade Internacional de Estudos Sociais, em Roma. Foi professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira nas universidades de Bari e Roma, na Itália; na de Buenos Aires (Argentina); na de Barcelona (Espanha). Foi diretor do Centro de Estudos Brasileiros em Roma e Buenos Aires. Atualmente, é diretor do Centro Cultural do Brasil em Barcelona.

"À noite, todas as pardas são gatas"? (Provérbio popular)

Wagner dos Reis Novaes. A transgressão do provérbio nos provoca um desvio, renovando-o, e levando-nos a pensá-lo diferentemente. Essa transgressão é a mesma do Chico Buarque em Bom conselho: "Devagar é que não se vai longe / Eu semeio vento na minha cidade / Vou pra rua e bebo a tempestade". É transgressão e é brincadeira - brincadeira que quer ser séria, para renovar o espanto diante das coisas mais simples, das coisas da rotina. É desarrumação da linguagem, no dizer de Manoel de Barros. É uma desconstrução que, ao eliminar o automatismo do provérbio, do comum, contraria o automatismo e, supreendentemente, recupera a força do saber comum. E renova e enriquece a língua. Mais: em Desenredo (de Terceiras estórias), essa trangresssão tem a genialidade de Guimarães Rosa: "No decorrer e comenos, Jó Joaquim entrou sensível a aplicar-se, progressivo, jeitosão afã. A bonança nada tem a ver com a tempestade". "... dolorido, mas já medicado. Vai, pois, com a amada se encontrou (...). Nela acreditou, num abrir e não fechar de ouvidos." 

"A gratidão de quem recebe um benefício é sempre menor que o prazer daquele que o faz"? (Machado de Assis)

No texto machadiano (Almas agradecidas) do qual você extraiu a pergunta, há outras coisinhas preciosas que repito aqui: "... Mas o desejo de servir tem mil maneiras de se manifestar". (...) "Qual importa mais à vida, ser Dom Quixote ou Sancho Pança? O ideal ou o prático? A generosidade ou a prudência?"... "A explicação desta diferença está talvez neste fundo de egoísmo que há em todos nós". Há pouco mais de um ano um canário entrou na minha casa e vem me dando a alegria diária de seu canto maravilhoso. Eu lhe dou carinho, água e comida. A alegria que tenho em lhe dar o alimento de seu cantar - e sei que ele me agradece através de sua música e de seus pios - é, tenho consciência disso, maior que a felicidade dele. É verdade franciscana: Ó Mestre, fazei que eu procure mais / Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; / amar, que ser amado. / Pois é dando que se recebe, / é perdoando que se é perdoado, / e é morrendo que se vive para a vida eterna. 

"A amizade é animal de companhia, não de rebanho"? (Plutarco)
Para ficar no bem tradicional, há amizade e há amizade. Há a amizade de companhia e há a amizade de rebanho. Há a amizade que pede a presença confortável, amparo necessário e constante, para estar lado a lado com conversas e silêncios, sorrisos e carrancas. Atualmente essa presença pode estar na internet... Amigos distantes, mas muito próximos. E há as amizades "sociais", que devem merecer nosso respeito, nossa apreciação, nossa humanidade, nossa justiça. Não preciso de "um milhão de amigos". Preciso da felicidade (difícil) dos meus sete bilhões de contemporâneos. Exemplo de amizade: um dia surpreendi um amigo, que se dizia ateu, consertando o velho rosário de sua irmã mais velha. Ele entendeu meu olhar surpreso e explicou: ela vai ficar alegre. 

"O melhor profeta do futuro é o passado"? (Lord Byron) 

Mais do que o passado, o melhor profeta do futuro é o presente mesmo. Seremos o que somos, mudando apenas as formas de estarmos no mundo. E aqui estamos como uns insetos de duas pernas - alguns santos homens, alguns demônios - preocupados. Estamos como, por exemplo, moscas nervosas "a se mexerem, sem objetivo nenhum no nosso pequeno bólido perdido no universo" (Everardo Norões, em Entre moscas).

"Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer"? (Ítalo Calvino) 

O mesmo Ítalo Calvino disse que toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a sua primeira leitura. A questão é saber o que é um clássico. A própria noção de clássico é histórica. A primeira definição de clássico está ligada ao conceito de classe. Havia o escritor clássico - classicus era o cidadão que, graças à sua posição econômica, gozava de grande prestígio, de dignitas e de auctoritas - e havia o escritor proletário. Alguns clássicos foram (talvez continuem sendo) instrumentos de tortura. Lembra-se da 'sofrência' que padecemos para a análise sintática de Os Lusíadas? Agora, creio, o novo conceito de clássico - o que superou a moda - nos permite a leitura dos contemporâneos. Aí estão, entre outros, nossos clássicos Machado de Assis, Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Manoel de Barros.

"Os defeitos do espírito, assim como os do rosto, aumentam com a velhice"? (La Rochefoucauld)

"Mesmo rosa sequíssima e seu perfume de pó, / quero o que desse modo é doce, / o que de mim diga: assim é. / Pra eu parar de temer e posar pra um retrato, / ganhar uma poesia em pergaminho". (Adélia Prado, fragmento de Páscoa). Não creio que a velhice agudize a acidez de alguns espíritos. Minha experiência com a velhice - a minha e a de tantos outros - é que a impaciência, o nojo, e as dores de todo tipo não são defeitos. Defeito é ser ambicioso, faminto de prestígio, de poder. Ainda bem que a morte acaba com esses defeitos e os seus defeituosos.

"A paixão amorosa é a última, a extrema solidão"? (Lou Salomé)

É uma loucura. Mesmo que seja o amor divino - aquele que "move o sol e as outras estrelas", no dizer de Dante. O amor de Cristo ou de Ghandi, de Teresa de Calcutá ou de qualquer missionário/a, dos mártires religiosos ou civis por amor ao próximo, é loucura. É uma loucura perfeita, que é o desejo do bem do outro. Com Tom Zé: "O amor é medo e maravilha.(...) O amor é poço / Onde se despejam / Lixo e brilhantes: / Orações, sacrifícios, traições.


"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga"? (Diderot)

Nem sempre. Nossa vida social, em que se inclui nossa família, nos obriga, tanto de uma vez como em goles curtos, em alguns casos, a engolir sapos, cobras, lama, e a beber óleo de rícino, vômitos de moscas-varejeiras. E nosso convívio íntimo nem sempre é suave. Em nome da paz, da tranquilidade, tragamos mentiras, enganos. É a vida. "Viver é perigoso", não é, Guimarães Rosa? ‡

Fonte: Gazeta de Alagoas, 31 janeiro de 2015.