sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

RESULTADOS DAS PROVAS DE DEZEMBRO DE 2023

Os resultados das provas de português da banca de exames de dezembro, podem se consultar no seguintes links:


PORTUGUÉS ELEMENTAL:
https://drive.google.com/file/d/15mGHpvTrbqhgHcTeccEFUOii0nlxaO3c/view?usp=sharing


PORTUGUÉS MEDIO:
https://drive.google.com/file/d/1Ec15uNmu4eb6Rf5d7C_6vzZkwX0zeDk9/view?usp=sharing


PORTUGUÉS SUPERIOR:

https://drive.google.com/file/d/1G4OlVJ78dsBOXTbcbUM5RVeZzFSq-lYD/view?usp=sharing





NOVO FILME SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA

 

Línguas da Nossa Língua

Fernando Venâncio


GALIZA, PORTUGAL E O BRASIL INTEIRO

O realizador brasileiro ESTÊVÃO CIAVATTA deu a última demão ao filme “LÍNGUAS DA NOSSA LÍNGUA”, pronto para transmissão na tv.

O produto final tem duas versões: uma em 4 episódios de uma hora, a outra com um só episódio de duas horas.

Na abordagem histórica, destaca-se a Galiza, o território em que o nosso idioma tomou corpo. Daí passa-se ao Portugal independente, que conservou essa língua criada no noroeste ibérico. E desembarca-se no imenso e variadíssimo Brasil, com línguas ainda mais antigas que a nossa.

Colaboraram no filme o professor compostelano Henrique Monteagudo, a escritora brasileira Nélida Piñón (recentemente falecida e de família galega), o cantor brasileiro Caetano Veloso, este vosso servidor, assim como numerosos falantes e estudiosos das línguas indígenas, ou importadas, do Brasil.

Nas fotos abaixo, a nossa gravação na Biblioteca Pública de Braga. À direita o professor Monteagudo e ao centro o realizador Ciavatta. O sítio não é casual. Braga foi, com Compostela, um polo importante na formação e difusão do idioma.

Aguarda-se oportunidade duma transmissão do filme no nosso país.



Fonte: https://observalinguaportuguesa.org/linguas-da-nossa-lingua/

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

LULA PERSONALIDADE DA LUSOFONIA

 

Lula da Silva foi eleito Personalidade do Ano da Lusofonia

Brasília, 12 dez 2023 (Lusa) – Lula da Silva regressou à presidência brasileira, após mais de uma década, e teve de enfrentar uma tentativa de golpe de Estado, ao mesmo tempo que recolocava o Brasil no mapa do mundo.

Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito Personalidade do Ano da Lusofonia pela redação da agência Lusa.

“O Brasil voltou”, foi a frase mais proferida, tanto pelo Governo do atual chefe de Estado, como pelos líderes mundiais que visitaram o país este ano, num claro contraponto aos últimos quatro anos de afastamento diplomático causado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Lula da Silva tomou posse em 01 de janeiro de 2023, para o seu terceiro mandato à frente do país, depois de ter sido o chefe de Estado entre 2003 e 2011, recebendo um país altamente polarizado e com uma percentagem grande da população a acreditar, sem provas, que as eleições de 2022 tinham sido falsificadas.

Juntamente com 37 ministros, um número recorde, e nesse mesmo dia assinou 11 decretos e três medidas provisórias: iniciou a política de controlo de armas, restabeleceu medidas de combate à desflorestação na Amazónia, restabeleceu o Fundo Amazónia, revogou normas que incentivavam a mineração naquele local e assinou ainda a medida provisória que recria o Bolsa Família, um plano de apoio mensal aos mais desfavorecidos.

Uma semana depois, em 08 de Janeiro, teve de enfrentar uma das batalhas mais duras da sua longa carreira política, quando milhares de apoiantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, para exigirem um golpe de Estado para o depor da Presidência, à semelhança do ocorrido nos Estados Unidos por partidários do então ex-presidente Donald Trump, derrotado nas urnas, antes da posse do atual chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, em 06 de janeiro de 2021.

Enquanto o Brasil lambia as feridas após este ataque sem precedentes às instituições brasileiras, Lula da Silva restabeleceu políticas sociais que tinham sido abandonadas pelo anterior executivo ao mesmo tempo que procurava apoios num Congresso maioritariamente virado à direita.

Mas foi no campo internacional que Lula da Silva mais se destacou: a primeira viagem internacional foi à Argentina, fazer “as pazes” com o seu vizinho depois de quatro anos de relações institucionais frágeis e até hostis por parte de Jair Bolsonaro.

Depois, Lula da Silva deslocou-se ao Uruguai, recebeu em Brasília o chanceler alemão, Olaf Scholz, e foi recebido pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, na Casa Branca, sem contar com os vários ministros dos Negócios Estrangeiros que vieram a Brasília, tal como o de Portugal e França. Isto tudo nos primeiros cem dias de mandato.

Ao todo, visitou mais de 15 países este ano, foi recebido pelos maiores líderes mundiais, do ocidente a oriente, procurou ser uma voz ativa de intermediário na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, reforçou os laços com os restantes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e reivindicou reformas na governação mundial e do Conselho de Segurança da ONU.

Procurou, sem sucesso, um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia e conseguiu recolocar o Brasil como uma voz importante no combate às alterações climáticas, fruto da diminuição da desflorestação na Amazónia.

Esteve em Portugal, entre 21 e 25 de abril, para participar na cimeira entre os dois Estados, assinou o diploma do Prémio Camões 2019 de Chico Buarque e discursou, depois de muita polémica, na Assembleia da República, no dia 25 de Abril.

No campo das relações lusófonas esteve em Angola e Cabo Verde para visitas de Estado e marcou presença, em agosto, na cimeira na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em São Tomé, propondo que o português fosse considerado língua oficial das Nações Unidas.

MIM // VM – Lusa/Fim

FONTE: https://observalinguaportuguesa.org/lula-da-silva-foi-eleito-personalidade-do-ano-da-lusofonia/


sexta-feira, 24 de novembro de 2023

A LÍNGUA PORTUGUESA E O 2024 NAS CAPITAIS IBERO-AMERICANAS

 

Ano de 2024 dedicado à língua portuguesa nas capitais ibero-americanas

Lisboa, 22 nov 2023 (Lusa) – O ano de 2024 será dedicado à língua portuguesa nas capitais ibero-americanas, decidiram os autarcas de 18 cidades durante um fórum no Brasil, segundo um comunicado divulgado hoje pela Câmara Municipal de Lisboa.

A XX Assembleia Geral da União das Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI) aconteceu na terça-feira em São Paulo, no Brasil, e contou com a presença de 18 cidades de 15 países, de acordo com a nota.

“O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que participou na reunião, defendeu a proposta para declarar o ano de 2024, o ano da língua portuguesa no espaço das capitais ibero-americanas”, referiu o comunicado.

De acordo com o documento, a proposta foi aprovada por unanimidade, consagrando assim o ano de 2024 à promoção da língua portuguesa no espaço que as cidades da UCCI representam.

Esta iniciativa, que visa potenciar a língua portuguesa a nível global em parceria com o castelhano, foi igualmente defendida na reunião pelos representantes de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, segundo o comunicado.

Carlos Moedas foi eleito, em representação de Lisboa, vice-presidente da organização para o próximo biénio 2024/2025, em conjunto com o autarca de Madrid, José Luís Almeida, e o autarca de São Paulo, Ricardo Nunes, eleitos copresidentes.

De acordo com a nota, “durante o próximo biénio, [a UCCI] será um espaço de diálogo para que os representantes de alto nível dos governos locais da América Latina e Península Ibérica debatam os desafios, necessidades e objetivos comuns das suas gestões no contexto global”.

Fundada em 1982, a UCCI é composta por 29 cidades dos países ibéricos, da América Latina e do Caribe (*).

CSR// APN – Lusa/Fim

FONTE: https://observalinguaportuguesa.org/ano-de-2024-dedicado-a-lingua-portuguesa-nas-capitais-ibero-americanas/

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Seminário Fernando Sabino 100 anos

 Seminário Fernando Sabino 100 anos

O Acervo dos Escritores Mineiros da Faculdade de Letras da UFMG realizará, no dia 19 de outubro de 2023, das 14h às 17h, o seminário "Fernando Sabino 100 anos”. Durante o evento, três convidados apresentarão projetos relacionados à vida e à obra do escritor mineiro. Teremos também a exibição de uma animação sobre a obra do escritor elaborada por uma bolsista do AEM e a apresentação de uma breve peça teatral elaborada pelos alunos do Teatro Universitário da UFMG. O objetivo principal do seminário é somar-se às comemorações pelo centenário de nascimento do escritor, que será comemorado no dia 12 de outubro de 2023. O evento é gratuito e será realizado em formato híbrido: presencialmente na Faculdade de Letras da UFMG e transmitido pelo canal do Acervo dos Escritores Mineiros no YouTube.

 


O ESCRITOR:

Fernando Sabino nasceu em Belo Horizonte em 12 de outubro de 1923. Foi escritor, jornalista e editor. Autor de mais de quarenta e cinco livros, suas obras mais conhecidas são os romances: O Encontro MarcadoO Grande Mentecapto e O Menino no Espelho. Várias de suas obras foram adaptadas para o cinema (O Homem Nu, O Menino no Espelho e O Grande Mentecapto) e para o teatro (O Encontro Marcado). Por seus trabalhos, recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia (1962), o Prêmio Jabuti de Literatura (1980 e 2002) e o Prêmio Machado de Assis (1999) pelo conjunto da obra. Fernando Sabino faleceu em 2004 no Rio de Janeiro.


DATA E LOCAL DE REALIZAÇÃO:

19 de outubro de 2023, das 14h às 17h, presencialmente, na FALE/UFMG, e online no canal do Acervo dos Escritores Mineiros no YouTube.


PÚBLICO-ALVO:

Estudantes, pesquisadores e apreciadores da obra do escritor. 


PROGRAMAÇÃO:

Fernando Sabino 100 anos

ABERTURA: 

Animação - Autora: Sabrina (bolsista do Acervo dos Escritores Mineiros).


MESA REDONDA:

Convidados:

Cristina Souza (doutoranda/Poslit) - A pesquisa no acervo do escritor Fernando Sabino

Bernardo Sabino (presidente do Instituto Fernando Sabino) - O Projeto Encontro Marcado e o Instituto Fernando Sabino

José Mauro da Costa (escritor e coordenador do Projeto Livro de Graça na Praça) - Encontro não marcado com Fernando Sabino


Moderador: 

Marcelo Novaes ( TAE - Acervo dos Escritores Mineiros)


ENCERRAMENTO:

Apresentação do grupo de Teatro Universitário da UFMG, coordenado pela Profa. Helena Mauro


INSCRIÇÕES:

www.fernandosabino100anos.wordpress.com 


sexta-feira, 5 de maio de 2023

 


5 de Maio - Dia Mundial da Língua Portuguesa. E nós?


Celebra-se hoje, dia 5 de maio, um pouco por todo o mundo, o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP e Dia Mundial da Língua Portuguesa, consagrado pela UNESCO.

Da importância do dia, já todos sabemos e assinalamos. Da importância da língua, também. Importa agora refletir sobre que língua é esta, que português é este que hoje nós, são-tomenses, celebramos? Que português é este que por vezes nos define, por vezes nos oprime, mas que tantas outras vezes nos faz um bom

Com maior ou menor número de falantes, a Língua Portuguesa é hoje língua oficial dos 9 Estados que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP. No entanto, esta língua, outrora do outro, percorreu novos caminhos, ganhando novos ritmos, novos cheiros e novas cores, em cada funcá-funcá onde é falada.

Que caminhos tem ela percorrido pelas ruas deste nosso São Tomé e Príncipe? Façamos um passeio, uma viagem a este maravilhoso mundo do português de e em STP.

Começamos com toda a velocidade e só depois entendemos que, para que a coisa resultasse, deveríamos iniciar leve-leve, com um ranca mandioca, caso contrário, a coisa jamais arrancaria. Contudo, a pressa foi tanta que ao sair dei uma topada e logo corri a cabeça e pensei que o melhor seria ir com calma, porque a chuva está remado e rapidamente a água-mato, pela sua irreverência,levaria tudo pela frente.

Se a língua nos representa, as características que ela descreve não menos nos definem. Nós por cá apreciamos muito os lugares de boca livre, de comer afabal e com bastante fulumento. Mas, se por acaso te caírem de mal por causa desse teu mau hábito, é bem-feito! você que procurou!

Estima-se que a Língua Portuguesa seja hoje língua de mais de 280 milhões de falantes. Bastimbora língua!!!

Então, por que temos nós tanto esquindi em assumi-la como nossa? Por quê tanta animosidade em relação às suas/nossas particularidades?

Os mofinos e os chimbotos são nossos. As sumbadas e os bolilos, também. Mas temos mais! Temos as palaiês que trabalham arduamente, os vianteiros que abastecem todos os dias as gargantas sedentas dos cacharambeiros da nossa praça.Ela, a cacharamba, que é por demasiadas vezes razão de muitos conflitos, outras vezes, nada só, pessoa é que é dela já danacasta.

As onomatopeias marcam o nosso ritmo porque quando a coisa cai bô biguidi,o mal é menor, mas se cair bô biguidi piiiaiô! Aí a coisa distragou dela verdade!

Mas também de empréstimos e de estrangeirismos somos feitos, afinal, não conheço outra forma de nomear a planta que tantos benefícios traz a quem ela consome… cundu-muala-vé!

A crónica vai ficar por aqui, portanto, baza teu que o dia é longo, para quem trabalha! Se te acusarem de wêchaismo, não liga nada. Boca de mundo é praga!

Por todas as razões, é grande a minha satisfação pelo assinalar do dia da Língua Portuguesa no país e no mundo. Tanta que eu não *consego expressar nestas poucas palavras.

Resta-me, apenas, deixar uma nota de agradecimento à CPLP e à UNESCO por esta iniciativa que é de louvar, e que não parem por aqui!

A variação, estude-se! O erro, corrija-se!

Porque é urgente Bem Falar para Melhor Escrever.

*O verbo “Conseguir” apresenta algumas formas irregulares, nomeadamente, no presente do indicativo. A sua conjugação na primeira pessoa do singular será: Eu Consigo.

Fonte:

http://rstp.st/2021/05/05/5-de-maio-dia-mundial-da-lingua-portuguesa-e-nos/ (5/5/21)

sábado, 22 de abril de 2023

MESA DE EXÁMENES DE MAYO

 



EXÁMENES LIBRES: LUNES 15 DE MAYO DE 2023


NIVEL ELEMENTAL : DE 9 A 11 HS.

NIVEL SUPERIOR : DE 9 A 12 HS.

NIVEL MEDIO : DE 12 A 14 HS.





domingo, 16 de abril de 2023

A INFLUÊNCIA CULTURAL E CIENTÍFICA DO PORTUGUÊS

As dimensões da cultura e da ciência são campos privilegiados a partir dos quais pode-se compreender o impacto de uma língua no mundo globalizado, porque revelam os meios como o conhecimento, seja ele resultado da experiência estética e artística ou da investigação científica, é produzido, difundido e partilhado socialmente.

O português é inequivocamente uma das línguas de maior projeção e crescimento no século XXI, com grande presença em diferentes esferas das sociedades contemporâneas, visível nos números do seu ensino, na formação de novos professores, na sua presença nas organizações internacionais, como língua de produção e difusão da ciência, e, cada vez mais evidente, como língua de comunicação global, com presença marcante no mundo digital.

Do ponto de vista da cultura, o português destaca-se pela grande diversidade das suas manifestações, decorrentes da expressão de uma grande comunidade de falantes, em torno de 245-270 milhões, considerando-se os Estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e um crescente número de utilizadores da língua como língua estrangeira e segunda. Essa grande comunidade que vive em português manifesta-se culturalmente através das artes, da literatura e da produção midiática de modo cada vez mais visível, como mostram os dados de seu crescimento e projeção no mundo.

A cultura, nessa perspectiva, é compreendida como “uma teia complexa de significados que são interpretados pelos elementos que fazem parte de uma mesma realidade social, os quais a modificam e são modificados por ela” (Mendes, 2015: 218), e inclui as tradições, os valores, as crenças, as atitudes e conceitos, assim como os objetos e toda a vida material, a qual não existe sem uma realidade social que lhe sirva de ambiente. Mas não apenas isso, a cultura está presente em todos os produtos da vivência, da ação e da interação dos indivíduos, de modo que tudo o que é produzido, material e simbolicamente, no âmbito de um grupo social é produto da cultura desse grupo (Mendes, 2015).

Quanto à ciência, assiste-se a um novo posicionamento do português no cenário internacional. Embora a produção em ciência e tecnologia (C&T), no mundo contemporâneo, seja orientada, em grande parte, para atender às demandas do mercado, numa perspectiva de “customização” do conhecimento, predominantemente difundido em inglês, há uma nova reordenação geopolítica, dentro da qual as línguas assumem papel preponderante. (Oliveira et al., 2017) A produção e o consumo no capitalismo tardio (Marazzi, 2009) são, hoje, altamente dependentes da comunicação, da tecnologia e, consequentemente, das línguas. Como destaca Marazzi (2009:65), “A posição de cada país e de cada língua dependerá de sua capacidade de capitalizar o trabalho vivo imaterial, o saber e o conhecimento [...]”.

Nessa perspectiva, o português, no cenário da produção científica contemporânea passa a assumir grande visibilidade, quantitativa e qualitativa, decorrente, entre outros fatores, do crescimento do número de instituições de ensino superior em países de língua portuguesa, a partir da segunda metade do século XX, chegando-se hoje a um total aproximado de 2700 instituições no mundo que funcionam em língua portuguesa. Deste conjunto, cerca de 93% são brasileiras.

A esse grande capital intelectual, junta-se o fato de já haver uma saturação no mercado em relação ao inglês, uma vez que não se pode produzir indefinidamente bens culturais e intelectuais em uma única língua. Novos mercados surgiram e com eles novas línguas começam a despontar.  [...]


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FONTE: MENDES, E. VALENTIN, F. A influência cultural e científica do português. In: A projeção internacional do espanhol e do português: o potencial da proximidade linguística. Lisboa: Imprensa Nacional, 2020. p. 242-260.

terça-feira, 28 de março de 2023

LÍNGUAS PRÓXIMAS...

O galego e o português estão próximos — mas será possível quantificar essa proximidade? Por outro lado, será possível perceber até que ponto o português actual se distanciou do português da época de Camões? Aqui ficam (possíveis) respostas.

 

Como medir a distância linguística?

Haverá forma objectiva de olhar para a proximidade entre línguas ou variantes de línguas? Não é fácil: todos temos tendências, impressões, inclinações…

Há, no entanto, técnicas que tentam ser um pouco mais objectivas. Um dos mais recentes estudos neste âmbito foi realizado por José Ramom Pichel, numa investigação apresentada nos artigos científicos referidos na bibliografia e na sua tese de doutoramento. (Fui co-autor, em conjunto com outros linguistas, de dois dos artigos.)

O estudo baseia-se neste facto linguístico: um conjunto de caracteres aparece com uma frequência diferente entre línguas, mas é relativamente estável em textos da mesma língua.

(…)José Ramom Pichel usou uma métrica complexa − essa métrica já existia e tem como nome perplexity. Em termos simples, mede a distância de um texto (ou conjunto de textos) em relação a um modelo de língua previamente calculado com base num corpus significativo (com milhões de palavras dessa língua).

A métrica foi adaptada à análise da proximidade linguística, criando-se um valor de PLD (Perplexity Language Distance) que mede a distância entre, por exemplo, português e castelhano, português e russo ou inglês e arménio − mas também entre português europeu e português do Brasil ou castelhano de Espanha ou castelhano da Argentina.



CONTINUAR LENDO:

https://observalinguaportuguesa.org/qual-e-a-distancia-entre-o-portugues-o-castelhano-e-o-galego/



quarta-feira, 8 de março de 2023

PORTUGUÉS ELEMENTAL, MEDIO Y SUPERIOR - PRIMER CUATRIMESTRE 2023


DÍAS Y HORARIOS DE LAS COMISIONES

INSCRIPCIÓN DEL 20/03 AL 23/03

INICIO: SEMANA DEL 27/03

CALENDARIO ACADÉMICO


NIVEL ELEMENTAL:

COM 1: LUNES de 09 a 13 hs.- ( VIRTUAL )

COM 2: LUNES de13 a 17 hs.- ( VIRTUAL )

COM 3: LUNES de19 a 23 hs.- ( VIRTUAL )

COM 4: JUEVES de 09 a 13 hs.-( VIRTUAL )

COM 5: VIERNES de 19 a 23 hs.- ( VIRTUAL )


NIVEL MEDIO:

COM 6: MIÉRCOLES y VIERNES de 09 A 11 hs.- ( VIRTUAL )

COM 7: JUEVES de 17 a 21 hs.- ( VIRTUAL )

COM 8: VIERNES de 19 a 23 hs.-( VIRTUAL )


NIVEL SUPERIOR:

COM 9: LUNES de 09 a 13 hs.-( VIRTUAL )

COM 10: JUEVES de 13 a 17 hs.-( VIRTUAL )

COM 11:  MIÉRCOLES de 17 a 21 hs.-( VIRTUAL )


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quarta-feira, 1 de março de 2023

A PRESENÇA DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA NA INTERNET


Um recurso estratégico de desenvolvimento das sociedades

Por Edleise Mendes; 18 de janeiro de 2022.


«Em pleno século XXI, um dos maiores indicadores de desenvolvimento econômico e social dos países é o seu investimento em tecnologia, com diferentes reflexos nos variados setores da vida produtiva e da vida social.»


Em pleno século XXI, um dos maiores indicadores de desenvolvimento econômico e social dos países é o seu investimento em tecnologia, com diferentes reflexos nos variados setores da vida produtiva e da vida social. Um desses importantes setores é o da Internet e o seu impacto no desenvolvimento das sociedades, para o que é fundamental a compreensão do papel e do valor das línguas como recursos importantes para esse desenvolvimento.


Em 2021, começou a ser desenvolvido o Projeto Presença da Língua Portuguesa na Internet, comparada com outras línguas (PPI), financiado pelo Departamento Cultural e Educacional do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, no âmbito do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP/CPLP)  e executado pelo Observatório da Diversidade Linguística e Cultural na Internet1, sob a coordenação da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo2, com sede na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. O projeto utilizou-se de metodologia inovadora e de informações atualizadas sobre a presença do português na internet, a partir da consulta a um amplo conjunto de fontes de dados. Seus resultados iniciais foram apresentados na IV Conferência para o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, realizada em Cabo Verde, em maio de 20213.


Esses dados mostram que a população de falantes de português mais importante de pessoas conectadas por país pertence, respectivamente, ao Brasil (90%), Portugal (4,3%), Angola (1,7%), Moçambique (1,6%), França (0,5%) e Estados Unidos (0,4%). Guiné-Bissau e Angola apresentam dados extremamente baixos de acesso à internet e Moçambique muito baixo acesso. Portugal apresenta números de Internet relativamente baixos em comparação com outros países da OCDE e baixa taxa de crescimento, ao contrário de Cabo Verde, que apresenta alta taxa de crescimento e de presença na Internet em relação aos outros PALOP. Os falantes de português representam 3,05% da população mundial conectada à internet e a língua divide a sexta posição junto com outras 4 línguas: árabe, russo, alemão e japonês. A perspectiva de curto prazo é que a língua portuguesa possa liderar este grupo; a longo prazo, o árabe deve levar vantagem demográfica e o português deve se consolidar no 7.º lugar.


Os medidores da presença do português na internet nos orientam sobre a sua posição em relação a outras línguas de relevância global, destacando o papel de cada país de língua portuguesa nesse processo e de outros países onde a língua está presente, além dos pontos fracos ou “brechas digitais” que precisam ser reforçados ou corrigidos pelos nossos governos. Além disso, como destacam os pesquisadores Daniel Pimienta e Gilvan Oliveira, estudos desse tipo representam uma ferramenta poderosa para o planejamento estratégico de ações públicas ou privadas na área do acesso, da produção de conteúdo, das indústrias culturais, do e-comércio, da educação e da produção da ciência e tecnologia, entre outros. Que os Estados membros da CPLP reconheçam esse campo como estratégico e invistam para corrigir a defasagem de acesso ao mundo digital que há entre os nossos países.

 

1 Coordenação de Daniel Pimienta (FUNREDES). O Observatório tem trabalhado com o tema do espaço das línguas na Internet desde 1998.  

2 Coordenação de Gilvan Müller de Oliveira (Universidade Federal de Santa Catarina). Disponível em: https://www.unescochairlpm.org/.

3 Evento realizado em modalidade virtual. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=AzVEm5OsLng&t=4677s. Acesso em: 10 jan. 2022.


Sobre a autora

Edleise Mendes: Professora associada da Universidade Federal da Bahia, especializada em  graduação e no Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLinC). Autora, entre outras obras, de Diálogos interculturais: ensino e formação em português língua estrangeira e Vidas em Português: perspectiva culturais e identitárias em contexto de português língua de herança (PLH).'

FONTE: Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. 

https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/lusofonias/a-presenca-dos-paises-de-lingua-portuguesa-na-internet/4784#

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

A linguista da língua como ela é

 

Maria Helena de Moura Neves: “O que leva um povo a elaborar a gramática de sua própria língua?”

Divulgação / Editora Unesp

Um dos principais nomes da linguística no Brasil começou sua carreira universitária com quase 40 anos, após mais de duas décadas dedicadas às aulas de língua portuguesa no ensino fundamental e médio. Maria Helena de Moura Neves, que morreu em Araraquara (SP), em 17 de dezembro do ano passado, em consequência de um acidente vascular cerebral, já tinha criado seus três filhos quando iniciou a graduação em letras português-grego na Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Araraquara, em 1967. Tinha 91 anos.

Seu objeto de pesquisa surgiu ainda na graduação, a partir de uma curiosidade que guiaria sua carreira: “O que leva um povo a elaborar a gramática de sua própria língua?”. Com base nessa questão, Neves concluiu o doutorado em 1978, na Universidade de São Paulo (USP). Sob a orientação de José Cavalcante de Souza (1925-2020), defendeu a tese “A emergência da disciplina gramatical entre os gregos”. Antes disso, em 1974, para poder consultar obras de seu interesse, graduou-se também em alemão.

Sete anos antes de se tornar professora efetiva da Unesp, em 1971 começou a lecionar grego na mesma instituição. Obteve a livre-docência em 1984 e, três anos mais tarde, aposentou-se. Continuou, porém, trabalhando na universidade como professora voluntária e, mais tarde, na condição de emérita. Em 2003, passou a lecionar também na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Era coordenadora do Grupo de Pesquisa Gramática de Usos do Português, cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A curiosidade acerca do impulso para formular uma gramática foi o que levou Neves a pesquisar os gregos, primeiro povo no Ocidente a formalizar o estudo de seu idioma, de acordo com o latinista Carlos Renato Rosário de Jesus, da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), que foi supervisionado por Neves em um projeto de pós-doutorado encerrado em 2020. No século III a.C., a civilização grega sofria influência de outros povos, como os romanos. A pressão externa produziu uma sensação de que a cultura estava ameaçada e, para preservá-la, a língua deveria passar por um processo de organização e regularização. Foi nesse contexto que surgiram os gramáticos alexandrinos, ligados à Biblioteca de Alexandria.

Essa e outras questões são exploradas no livro A vertente grega da gramática tradicional (Hucitec, 1987), resultante da pesquisa de doutorado de Neves, revisado e reeditado em 2005 pela editora da Unesp. “Esse livro foi o primeiro contato que eu e muitas pessoas tivemos com o trabalho de Maria Helena, ainda na graduação”, relata Jesus. “É uma obra que explora questões filosóficas em torno da gramática, o que abre diversos caminhos de investigação”, afirma. Como professor de latim e interessado em temas ligados à retórica clássica, Jesus conta que a publicação teve grande influência sobre seu campo de estudo.

Em parceria com sua professora de grego na graduação, Daisi Malhadas, da Unesp, e uma orientanda que hoje é docente da mesma universidade, Maria Celeste Consolin Dezotti, Neves organizou o primeiro Dicionário grego-português, publicado inicialmente em cinco volumes entre 2006 e 2010, e reunido em volume único em 2022. Ela se referia a esse trabalho como um dos capítulos “mais significativos” de sua vida profissional.

A trajetória da linguista, que publicou mais de 20 livros, pode ser dividida em três vertentes principais. Os estudos em torno do grego e da gramática clássica constituem a primeira. Segundo o também linguista André Vinícius Lopes Coneglian, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (Fale-UFMG), esse pode ser considerado o grande “ponto de entrada” de seu pensamento, aquele que orientou e organizou todo o conjunto de suas preocupações teóricas.

A segunda vertente é a da teoria funcionalista da gramática, da qual a professora da Unesp foi também um dos principais expoentes no Brasil. Essa teoria surgiu simultaneamente em diferentes partes do mundo na segunda metade do século XX, quando linguistas passaram a se dedicar às questões da gramática, a partir de suas próprias teorias sobre o modo como as pessoas se comunicam com o idioma, oralmente ou por escrito, segundo Jesus. De acordo com Coneglian, o funcionalismo se distingue das teorias linguísticas tradicionais, como a estruturalista, herdeira do suíço Ferdinand de Saussure (1857-1913), ou a generativa, criada pelo norte-americano Noam Chomsky, por não pensar a língua apenas com referência a si mesmo. Para os funcionalistas, é preciso entender as estruturas da língua a partir do modo como ele é usado.

“Maria Helena não se filiou a uma vertente funcionalista específica, mas construiu uma visão própria a partir de várias influências”, observa Coneglian. “Sua gramática é organizada com base na construção de enunciados. Categorias como substantivo, verbo e adjetivo são submetidas ao processo pelo qual a linguagem se constrói. Nesse processo, o verbo tem posição central e em torno dele são distribuídos os participantes do enunciado”, resume.

Duas obras são apontadas como fundamentais nessa vertente do trabalho de Neves: a Gramática de usos do português (Editora Unesp, 2000) e o Dicionário de usos do português (Ática, 2002, em coautoria com Francisco da Silva Borba e Sebastião Expedito Ignácio). “O ponto de partida das reflexões de linguagem não são as classes de palavras nem as funções sintáticas, mas aquilo que a linguagem faz no texto”, explica Coneglian. “O que precisamos entender é o que as peças da língua estão fazendo em termos de significado e efeito comunicativo.” Por essa perspectiva, Neves definia a gramática como “cálculo da produção de sentido na linguagem”.

Essas duas obras, entre outras, se beneficiaram de projeto desenvolvido no Centro de Estudos Lexicográficos da Faculdade de Ciências e Letras (FCL), da Unesp a partir de 1981, sob direção do linguista Francisco da Silva Borba, também professor da instituição. Trata-se da constituição do banco de dados conhecido como “Corpus de Araraquara”, que atualmente reúne mais de 200 milhões de palavras. O corpus visa captar e sistematizar dados de como o português ocorre em seu uso vivido e inclui textos dos séculos XVI ao XXI, de literatura (romances, contos, crônicas etc.), linguagem técnica, traduções, oratória (discursos, muitos deles de políticos) e imprensa.

“Esse foi um trabalho revolucionário na linguística brasileira”, afirma Coneglian. “Hoje, não está entre os maiores bancos de dados porque, com a internet, existem coleções com mais de 1 bilhão de ocorrências. Mas ele tem as vantagens de cobrir um vasto período histórico e de ser organizado segundo o tipo de texto.” De acordo com o linguista, é um corpus muito bem pensado. “E, de todos os pesquisadores envolvidos, acho que foi ela quem mais o aproveitou em seus trabalhos”, diz.

A terceira vertente da trajetória de Neves é o próprio ensino da língua portuguesa. Um dos livros que a linguista deixou pronto para publicação, em coautoria com Coneglian, se chama Laboratório de ensino de gramática. Destinado a professores em formação inicial e continuada, nos cursos de letras ou pedagogia, deve ser lançado este ano pela editora Contexto. Segundo Coneglian, o livro oferece propostas de exercício a partir de pontos teóricos das gramáticas de usos desenvolvidas por Neves. “Formular exercícios é uma das coisas mais difíceis para o professor que está começando. O aluno de pedagogia pouco aprende a prepará-los”, observa o professor da UFMG.

Um equívoco que Neves costumava apontar no ensino tradicional da gramática consiste na ênfase excessiva na metalinguagem. Para ter um entendimento metagramatical de verbos, substantivos e adjetivos, argumentava a professora, é preciso já ter um conhecimento abstrato da língua bastante desenvolvido. A sistematização em classes e funções deveria ser o ponto de chegada do aprendizado, defendia ela, não seu ponto de partida. Na proposta de Neves, o aprendizado se dá pelos processos que formam os enunciados. A definição das categorias e classes ocorreria em etapa posterior.

Seus colegas e estudantes se referem à linguista como uma pessoa enérgica, que fazia questão de manter uma comunicação constante com orientandos e colaboradores. “Comecei a interagir com ela quando ainda estava na graduação e rapidamente percebi que era muito dedicada aos orientandos”, recorda Coneglian. “Eu ainda nem era oficialmente seu aluno e já nos reuníamos toda semana. Eu mandava textos e ela os devolvia corrigidos.” O pesquisador foi orientando de Neves no mestrado e no doutorado, tornando-se em seguida um coautor constante. “Nós nos tornamos amigos muito rapidamente”, recorda.

“Receber a notícia de sua morte foi como ouvir que faleceu uma pessoa jovem, não uma nonagenária. Porque ela era muito ativa, cheia de projetos e novas ideias”, diz Jesus, que durante seu estágio pós-doutoral integrou a equipe do Mackenzie que realizou um período de intercâmbio na Universidade Gabriele D’Annunzio, em Pescara, na Itália, em projeto iniciado por Neves.

A linguista seguia trabalhando intensamente. Orientava pesquisas, redigia artigos e deixou três livros no prelo. Passou vários meses de 2021 preparando um projeto de pesquisa para renovar sua bolsa de produtividade do CNPq. A aprovação, em 2022, foi uma grande alegria para ela, conta Coneglian. Em fevereiro, recebeu o prêmio Ester Sabino, instituído no ano anterior pelo governo do estado de São Paulo para homenagear mulheres cientistas.

Para Coneglian, o amor à linguagem sintetiza a personalidade de Maria Helena de Moura Neves. Foi uma paixão que começou de forma espontânea durante sua infância no interior de São Paulo – em Taiaçu, onde nasceu e depois em São Carlos, onde cresceu. Seus pais, professores primários, assinavam revistas em espanhol e italiano e ela se dedicava a comparar as estruturas desses idiomas com a do português. Ainda criança, também costumava comparar diferentes edições de Os lusíadas, disponíveis nas estantes de sua família.

Sobre a carga de trabalho, que a levava a jornadas de até 20 horas por dia, a professora não reclamava de peso excessivo. Dizia que envolvia um grande prazer. Seu principal contentamento, porém, vinha da vida familiar, relata Coneglian: Neves gostava de relatar para os colegas os almoços que preparava aos domingos para os dois filhos (o terceiro morreu ainda jovem), sete netos e seis bisnetos, além do genro e da nora, que também considerava como filhos. Era viúva desde 2010.


Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.