terça-feira, 14 de junho de 2016

PRUEBAS LIBRES Y REGULARES DE JULIO

Informamos que la próxima fecha de pruebas libres y regulares será el martes 5 de JULIO de 2016, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 13 a 15 HS. 

NIVEL ELEMENTAL: 15 a 17 HS.

NIVEL SUPERIOR: 15 A 18 HS.

Los resultados se publicarán el martes 12 de junio a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 15 hs. a 17 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

domingo, 24 de abril de 2016

LEITURA SOBRE O 25 DE ABRIL...

O 25 DE ABRIL E O ENSINO E A EDUCAÇÃO EM PORTUGAL

2016-04-22

De todas as transformações que sofreu a sociedade portuguesa pós-25 de Abril de 1974, o sector do ensino e da educação foi, certamente, uma das mais significativas.
                                                                      
1 – Do Estado Novo ao 25 de Abril
O golpe militar de 28 de Maio de 1926, que a si próprio se denominou “Revolução Nacional”, teve um período de ditadura militar entre 1926 e 1933 e, após a aprovação referendária da constituição nesse ano, passou a denominar-se Estado Novo, já com o ministro das Finanças, Oliveira Salazar, no lugar de chefe do governo, que então se denominava Presidente do Conselho de Ministros.
A evolução do salazarismo teve dois períodos distintos: o primeiro, até ao final da Segunda Grande Guerra (1945), dominado por uma ideologia católica tradicional e ruralista e por um regime autoritário que sofreu alguns abanões com a vitória das forças democráticas nessa guerra e as pressões que fizeram para a mudança da política portuguesa, mas que mesmo assim conseguiu sobreviver. O segundo período vai até 1968, ano da queda da cadeira de Salazar e da sua impossibilidade de continuar a desempenhar o seu cargo por incapacidade mental. Neste período, embora com muitas cautelas e condicionamentos, houve um desenvolvimento da electrificação e das indústrias que permitiram ao sector secundário suplantar o primário no peso da economia pela primeira vez em 1963.
Sucedeu-lhe Marcelo Caetano que herdou um país envolvido numa guerra desde 1961, que então já se desenvolvia em três frentes, num crescente isolamento internacional de Portugal pela manutenção desta política colonial e com uma “oposição” interna a crescer nos sectores oposicionistas, formada essencialmente pela juventude operária e estudantil, pelos democratas e mesmo por alguns sectores de católicos. Não houve qualquer mudança substancial (apenas mudança de alguns nomes nas coisas), mas apenas continuidade na agonia lenta de um sistema, que já vinha de trás, desde o início dos anos 60, com uma guerra sem solução política possível e uma emigração de portugueses para a Europa na ordem da centena de milhar por ano.
Por isso o 25 de Abril já era esperado, embora tivesse constituído uma brutal surpresa para a chamada “situação” da época.

2 – A escola salazarista dos anos 30
A escola do salazarismo na sua primeira fase era uma escola profundamente ideológica na defesa dos valores tradicionais “Deus, Pátria, Família” (entendidos no seu sentido mais retrógrado, com a igreja a supervisionar tudo ao toque do sino da sua torre e as mulheres entregues à lida doméstica, com um rancho de filhos atrás, e os homens ao trabalho do campo para sustentar a casa). A instrução das massas devia ser básica, de 3 anos para as raparigas e 4 para os rapazes (isto já nos anos 50), e visava a que todos aprendessem a ler, escrever e contar. Só os privilegiados é que tinham acesso aos outros graus de ensino e a universidade era para um pequena elite que se autoreproduzia.
Um(a) professor(a) primário(a) – ou regente escolar – tinha uma turma de cada sexo, uns da parte da manhã, por exemplo, as raparigas, outros da parte da tarde, talvez os rapazes, quando as escolas não tinham ainda mais do que uma ou duas salas. E havia o crucifixo e o retrato de Salazar e do Presidente da República de então na parede, além da régua ou palmatória para castigar os indisciplinados e os “burros”.
Sim, porque o ministro da Educação da época teceu umas considerações num jornal diário, nos anos 30, em que dividia a população escolar nas seguintes percentagens: 8% são “ineducáveis” – isto é, não se pode fazer nada por eles – 15% são “normais estúpidos” – é preciso muito trabalho para conseguir deles alguma coisa de vez em quando – 60% têm inteligência média e só 2% é que são “notáveis”… Portanto, à partida, 23% dos alunos são para pôr fora do sistema o mais depressa possível!

3 – A escola depois do 25 de Abril
Da reforma de Veiga Simão (iniciada no período marcelista pós-Salazar), ao 25 de Abril de 1974 e, na sua sequência, nas décadas seguintes (passando pela Lei de Bases de 1986 e o alargamento da escolaridade obrigatória para nove anos), em termos de educação e escola pública, pode-se dizer que esta se transformou numa questão central e ocupou um lugar extremamente importante no processo democrático em curso desde então e mudou completamente o panorama sociocultural do país, levando-o a aproximar-se dos valores que se registavam nos países da OCDE.
Também a introdução no sector público da Educação Pré-escolar e da Educação Especial, a continuação da unificação do ensino, a mudança de programas e de métodos pedagógicos e, sobretudo, a entrada e manutenção de largas centenas de milhar de novos alunos que passaram a estar mais anos na escola pública, mudaram completamente a tipologia do sistema educativo português que, de elitista passou à massificação, proporcionando a quase todas as crianças em idade escolar a igualdade de oportunidades de acesso ao sistema e contribuindo para a sua democratização.
Contudo, apesar de ter aumentado substancialmente a frequência do Ensino Superior e do Ensino Secundário, as desigualdades sociais, culturais e de desenvolvimento regional entre o litoral e o interior, nunca permitiram que o acesso universal de todas as crianças e jovens em idade escolar tenha ultrapassado significativamente a barreira dos 80%, no caso da finalização com sucesso do 9º ano de escolaridade, ou dos 65% no caso do 12º ano, tendo havido uma estagnação a partir de meados dos anos 90. Apesar de tudo recuperou-se bastante, em termos estatísticos, nos últimos 40 anos, em relação aos países europeus.
Hoje, as questões que se colocam à escola pública são, em Portugal, a questão do sistema de avaliação (provas de aferição ou exames?), a questão curricular (ensino profissionalizante  com duas vias ou via única até ao fim dos 9.º ano?) e a questão de dar continuidade  a uma segunda oportunidade aos adultos com pouca escolaridade.
Rolando F. Silva

FONTE: http://www.antenalivre.pt/noticias/o-25-de-abril-e-o-ensino-e-a-educacao-em-portugal-/

sexta-feira, 22 de abril de 2016

MESA DE EXÁMENES DE MAYO DE 2016

Informamos que la próxima fecha de pruebas libres será el martes 17 de MAYO de 2016, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 13 a 15 HS. 

NIVEL ELEMENTAL: 15 a 17 HS.

NIVEL SUPERIOR: 15 A 18 HS.

Los resultados se publicarán el martes 7 de junio a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 15 hs. a 17 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

segunda-feira, 14 de março de 2016

CONGRESSOS DE LÍNGUA PORTUGUESA





































































Fonte: OGL.gal
http://pgl.gal/lingua-portuguesa-sera-protagonista-de-congressos-no-brasil-e-no-chile/

domingo, 6 de dezembro de 2015

MESA DE EXÁMENES DE FEBRERO DE 2016


Informamos que la próxima mesa de libres se llevará a cabo el martes 16 de febrero de 2016, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 11 a 13 HS. 

NIVEL ELEMENTAL: 13 a 15 HS.

NIVEL SUPERIOR: 13 A 16 HS.

Los resultados se publicarán el martes 1 de marzo a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13 hs. a 15 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

sábado, 5 de dezembro de 2015

LEITURA: DEPOIMENTO DA FILHA DE GUIMARÃES ROSA

“Quando escrevia, ele mergulhava na própria obra”, diz filha de João Guimarães Rosa em aula aberta sobre o escritor

por Comunicacao UNIRIO — publicado 04/12/2015 18h50, última modificação 04/12/2015 23h26
“Quando escrevia, ele mergulhava na própria obra”, diz filha de João Guimarães Rosa em aula aberta sobre o escritor
Agnes Guimarães Rosa Amaral e sua filha, Busi Guimarães Rosa Ellis do Amaral (Foto: Comso)
“O sertão está dentro da gente. Alguns têm um sertão pequenininho, outros têm um sertão grande: cada um tem que viver de acordo com seu sertão”. Foi assim que o escritor João Guimarães Rosa respondeu à pergunta da filha Agnes Guimarães Rosa Amaral quando ela lhe indagou: “Por que Grande Sertão?”. Em aula aberta sobre o autor realizada na noite desta quinta-feira, dia 3, na Escola de Letras, Agnes revelou essa e outras memórias com o pai e falou sobre sua trajetória  desde os tempos em que trabalhava como médico no interior de Minas Gerais até sua morte, em 1967, aos 59 anos de idade, três dias após tornar-se imortal da Academia Brasileira de Letras. Com muito bom-humor e deixando transparecer grande admiração pela figura paterna, a convidada abordou assuntos como a visão de mundo, o processo criativo, a vida amorosa e a carreira diplomática do escritor. Confira alguns trechos da aula, que integrou a disciplina Literatura Brasileira Moderna, lecionada pela professora Masé Lemos.
Família
“‘Joãozito’ era como mamãe o chamava. Para nós, ele era o ‘João Papai Beleza’. Conheci os dois: o escritor João Guimarães Rosa e o João Papai Beleza.”
“Eu combinava muito com ele no amor pelos bichos e pela geografia. Pegávamos uma barca e íamos para Paquetá. Papai dizia: ‘Desenha uma tartaruga!’ Eu ainda era pequena, mas ele me tratava como gente, não como uma criança tola.”
“Eu lia muito. Até os 15 anos, eu era aquela menina chata cujos pais não deixavam ler coisas mais sensuais. Depois disso, eles deixaram. Foi aí que li um livro chamado A Esquina do Pecado: a maior bomba que eu já li!”
“Papai dizia: ‘Leia muito, mas escolha quem você vai ler, pois ler coisas ruins não vale a pena’. Uma vez, perguntei quem eu deveria ler. Ele respondeu: ‘Você deve ler Rudyard Kipling, Joseph Conrad e Guimarães Rosa’”.
 “Certa vez, na faculdade, tive que fazer um trabalho sobre um personagem histórico. Escolhi San Martín e minha nota foi 95. O professor me devolveu o texto com os dizeres: ‘Muito bom seu trabalho: 95. Não te dou 10 porque senti que tem dedo de Guimarães Rosa’. Mas tinha era sangue de Guimarães Rosa!”
Criação literária
“Quando ele escrevia, mergulhava na própria obra. Naquele momento, ele era o escritor Guimarães Rosa – não o homem nem o diplomata. Ele tinha um livrinho no qual tomava nota de tudo. Uma vez escrevendo, ele se transformava. E era uma pessoa muito angustiada – como todo artista, ele tinha a angústia da criação.”
“Ele gostava de ficar no cantinho dele escrevendo e lendo. Gostava de ir para uma fazenda e ficar conversando com as pessoas de lá. Gostava de gente.”
“A linguagem popular [utilizada nas obras] é a linguagem dele. Ele nasceu no interior e essa foi a linguagem que ele aprendeu. Depois de adulto, não assimilou a linguagem culta, usada no meio diplomático.”
“Eu perguntava por que os livros dele era difíceis de ler. Ele dizia: ‘Porque você não lê em voz alta.’ Tinha que pegar a entonação certa para ler.”
Trajetória
“Ele foi para Belo Horizonte quando terminou o colégio, fez faculdade de medicina lá, se casou e foi para Itaguara (MG). Mas ele não gostava de medicina, detestava ver as pessoas sofrerem. Quando foi para o interior, trabalhava com a ajuda de curiosos [em vez de profissionais] – e isso o deixou possesso”.
“Depois, ele foi para Barbacena (MG), onde se tornou coronel médico da Polícia Militar. Foi lá que eu nasci.”
 “Mamãe sugeriu que ele fizesse o concurso para o Itamaraty. Ele fez e passou em segundo lugar.”
“Ele gostava de viajar, ver novos costumes, novos mundos, mas não gostava de ser diplomata. Viajar é uma coisa; ser diplomata em um país estranho é outra.”
“O papai não gostava de mediocridade. ‘Quando você é medíocre, você perde metade da sua personalidade’, ele dizia.”
Vida pessoal
“Houve três mulheres importantes na vida dele. A primeira foi mamãe, que era a namoradinha que ele apanhava na porta da escola em Belo Horizonte. Na Alemanha, como diplomata, ele conheceu outra mulher, que chamo de ‘carma’ da vida do papai; foi o problema da vida dele. E a terceira, que digo que foi um ‘amor de outono’, se chamava Francisca.”
“Papai gostava de Bach e Mozart, mas a música preferida dele vinha dos berrantes [cornetas feitas de chifres de animais para chamar o gado no campo]. Ele dizia que aquilo era a melodia mais bonita do mundo, porque lembrava a infância dele.”
“Ele enchia a banheira de água quente, punha uma pilha de livros ao lado e ficava lendo – manias que ele tinha.”
“Tinha pavor de avião.”
“Em qualquer país onde chegasse, ele ia logo visitar o jardim zoológico e faz comentários espirituosos sobre os bichos.”
“Quando ele foi para a Academia tomar posse, já foi de fardão. O taxista era português. Quando papai chegou, ele perguntou: ‘Sois rei’?”
“Ele quis ver as netas [pouco antes de ter um infarto fulminante]. Abraçou minha filha e disse: ‘Não esquece nunca do seu avô’. Acho que pessoas inteligentes como ele têm um sexto sentido.”
“Para mim, ele ficou encantado, não morreu. Ele está viajando, um dia desses aparece por aí.”
[Gabriella Praça/Comso]
Fonte: http://www.unirio.br/news/201cquando-escrevia-ele-mergulhava-na-propria-obra201d-diz-filha-de-joao-guimaraes-rosa-em-aula-aberta-sobre-o-escritor

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

"BRASILIANA FOTOGRAFICA"

O portal Brasiliana Fotográfica é um projeto de reunião de acervos fotográficos do país. Ele nasce como uma parceria entre a Biblioteca Nacional e o IMS, mas o objetivo é integrar outras instituições. O site começa com 2.393 imagens, selecionadas nos acervos de BN e IMS. São fotografias do século XIX e das três primeiras décadas do século XX. A ideia é ampliar constantemente o número de fotos no banco de dados e, futuramente, avançar para décadas mais recentes.

domingo, 18 de outubro de 2015

MESA CORRESPONDIENTE A DICIEMBRE


Informamos que la próxima mesa de libres y regulares se llevará a cabo el lunes 30 de noviembre, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 11 a 13 HS. 

NIVEL ELEMENTAL: 13 a 15 HS.

NIVEL SUPERIOR: 13 A 16 HS.

Los resultados se publicarán el martes 15 de diciembre a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13 hs. a 15 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

sábado, 29 de agosto de 2015

MESA DE SETIEMBRE

Informamos que la próxima mesa de libres se llevará a cabo el 22 de setiembre, en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: 9 A 11 HS. 
NIVEL ELEMENTAL: 11 A 13 HS.
NIVEL SUPERIOR: 11 A 14 HS.


Los resultados se publicarán el martes 6 de octubre a las 18 hs. en  la cartelera de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas (3er. piso).

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 12 hs. a 14 hs.


El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de primer piso (junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán a metros de Pedro Goyena.

domingo, 16 de agosto de 2015

NUEVO CUADERNILLO DE LECTURAS PARA PORTUGUÉS MEDIO




Informamos que ya se encuentra disponible, para uso exclusivo de los alumnos de la Facultad de Filosofía y Letras de la UBA, el nuevo cuadernillo de lecturas y actividades para "Português Médio". 

El material fue elaborado por los docentes de la Cátedra de Portugués del Departamento de Lenguas Modernas, Isabel Moreira Aguiar, Leonardo Ortiz, Carla Panto González, Gloria Pérez Pita, Alba Salto, Helga Schweizer, con la coordinación del profesor Carlos A. Pasero. La revisión técnica final estuvo a cargo de la Lectora Isabel Moreira Aguiar.

El cuadernillo se consigue en "La Caverna" (Puan 404, CABA) y en la Fotocopiadora de Primer Piso (FFYL-UBA).





quinta-feira, 9 de julho de 2015

LEITURA: "O MELHOR PROFETA DO FUTURO É O PRESENTE" - WAGNER NOVAES

















Wagner dos Reis Novaes é seu nome completo. O "dos Reis" é porque nasceu em 6 de janeiro e, para agradar-se a si mesma e à sua mãe, a mãe de Wagner deu-lhe o nome que queria e evitou chamá-lo Gaspar, Melchior ou Baltazar. Cursou o primário, o ginásio, o secundário e Direito em Maceió. Estudou depois na Fundação Getulio Vargas, no Rio, e na Universidade Internacional de Estudos Sociais, em Roma. Foi professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira nas universidades de Bari e Roma, na Itália; na de Buenos Aires (Argentina); na de Barcelona (Espanha). Foi diretor do Centro de Estudos Brasileiros em Roma e Buenos Aires. Atualmente, é diretor do Centro Cultural do Brasil em Barcelona.

"À noite, todas as pardas são gatas"? (Provérbio popular)

Wagner dos Reis Novaes. A transgressão do provérbio nos provoca um desvio, renovando-o, e levando-nos a pensá-lo diferentemente. Essa transgressão é a mesma do Chico Buarque em Bom conselho: "Devagar é que não se vai longe / Eu semeio vento na minha cidade / Vou pra rua e bebo a tempestade". É transgressão e é brincadeira - brincadeira que quer ser séria, para renovar o espanto diante das coisas mais simples, das coisas da rotina. É desarrumação da linguagem, no dizer de Manoel de Barros. É uma desconstrução que, ao eliminar o automatismo do provérbio, do comum, contraria o automatismo e, supreendentemente, recupera a força do saber comum. E renova e enriquece a língua. Mais: em Desenredo (de Terceiras estórias), essa trangresssão tem a genialidade de Guimarães Rosa: "No decorrer e comenos, Jó Joaquim entrou sensível a aplicar-se, progressivo, jeitosão afã. A bonança nada tem a ver com a tempestade". "... dolorido, mas já medicado. Vai, pois, com a amada se encontrou (...). Nela acreditou, num abrir e não fechar de ouvidos." 

"A gratidão de quem recebe um benefício é sempre menor que o prazer daquele que o faz"? (Machado de Assis)

No texto machadiano (Almas agradecidas) do qual você extraiu a pergunta, há outras coisinhas preciosas que repito aqui: "... Mas o desejo de servir tem mil maneiras de se manifestar". (...) "Qual importa mais à vida, ser Dom Quixote ou Sancho Pança? O ideal ou o prático? A generosidade ou a prudência?"... "A explicação desta diferença está talvez neste fundo de egoísmo que há em todos nós". Há pouco mais de um ano um canário entrou na minha casa e vem me dando a alegria diária de seu canto maravilhoso. Eu lhe dou carinho, água e comida. A alegria que tenho em lhe dar o alimento de seu cantar - e sei que ele me agradece através de sua música e de seus pios - é, tenho consciência disso, maior que a felicidade dele. É verdade franciscana: Ó Mestre, fazei que eu procure mais / Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; / amar, que ser amado. / Pois é dando que se recebe, / é perdoando que se é perdoado, / e é morrendo que se vive para a vida eterna. 

"A amizade é animal de companhia, não de rebanho"? (Plutarco)
Para ficar no bem tradicional, há amizade e há amizade. Há a amizade de companhia e há a amizade de rebanho. Há a amizade que pede a presença confortável, amparo necessário e constante, para estar lado a lado com conversas e silêncios, sorrisos e carrancas. Atualmente essa presença pode estar na internet... Amigos distantes, mas muito próximos. E há as amizades "sociais", que devem merecer nosso respeito, nossa apreciação, nossa humanidade, nossa justiça. Não preciso de "um milhão de amigos". Preciso da felicidade (difícil) dos meus sete bilhões de contemporâneos. Exemplo de amizade: um dia surpreendi um amigo, que se dizia ateu, consertando o velho rosário de sua irmã mais velha. Ele entendeu meu olhar surpreso e explicou: ela vai ficar alegre. 

"O melhor profeta do futuro é o passado"? (Lord Byron) 

Mais do que o passado, o melhor profeta do futuro é o presente mesmo. Seremos o que somos, mudando apenas as formas de estarmos no mundo. E aqui estamos como uns insetos de duas pernas - alguns santos homens, alguns demônios - preocupados. Estamos como, por exemplo, moscas nervosas "a se mexerem, sem objetivo nenhum no nosso pequeno bólido perdido no universo" (Everardo Norões, em Entre moscas).

"Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer"? (Ítalo Calvino) 

O mesmo Ítalo Calvino disse que toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a sua primeira leitura. A questão é saber o que é um clássico. A própria noção de clássico é histórica. A primeira definição de clássico está ligada ao conceito de classe. Havia o escritor clássico - classicus era o cidadão que, graças à sua posição econômica, gozava de grande prestígio, de dignitas e de auctoritas - e havia o escritor proletário. Alguns clássicos foram (talvez continuem sendo) instrumentos de tortura. Lembra-se da 'sofrência' que padecemos para a análise sintática de Os Lusíadas? Agora, creio, o novo conceito de clássico - o que superou a moda - nos permite a leitura dos contemporâneos. Aí estão, entre outros, nossos clássicos Machado de Assis, Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Manoel de Barros.

"Os defeitos do espírito, assim como os do rosto, aumentam com a velhice"? (La Rochefoucauld)

"Mesmo rosa sequíssima e seu perfume de pó, / quero o que desse modo é doce, / o que de mim diga: assim é. / Pra eu parar de temer e posar pra um retrato, / ganhar uma poesia em pergaminho". (Adélia Prado, fragmento de Páscoa). Não creio que a velhice agudize a acidez de alguns espíritos. Minha experiência com a velhice - a minha e a de tantos outros - é que a impaciência, o nojo, e as dores de todo tipo não são defeitos. Defeito é ser ambicioso, faminto de prestígio, de poder. Ainda bem que a morte acaba com esses defeitos e os seus defeituosos.

"A paixão amorosa é a última, a extrema solidão"? (Lou Salomé)

É uma loucura. Mesmo que seja o amor divino - aquele que "move o sol e as outras estrelas", no dizer de Dante. O amor de Cristo ou de Ghandi, de Teresa de Calcutá ou de qualquer missionário/a, dos mártires religiosos ou civis por amor ao próximo, é loucura. É uma loucura perfeita, que é o desejo do bem do outro. Com Tom Zé: "O amor é medo e maravilha.(...) O amor é poço / Onde se despejam / Lixo e brilhantes: / Orações, sacrifícios, traições.


"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga"? (Diderot)

Nem sempre. Nossa vida social, em que se inclui nossa família, nos obriga, tanto de uma vez como em goles curtos, em alguns casos, a engolir sapos, cobras, lama, e a beber óleo de rícino, vômitos de moscas-varejeiras. E nosso convívio íntimo nem sempre é suave. Em nome da paz, da tranquilidade, tragamos mentiras, enganos. É a vida. "Viver é perigoso", não é, Guimarães Rosa? ‡

Fonte: Gazeta de Alagoas, 31 janeiro de 2015.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

MESA DE JULIO


Informamos que la mesa correspondiente al llamado de JULIO para libres y regulares se llevará a cabo el día MARTES 7 de ese mes en los siguientes horarios:

NIVEL MEDIO: de 11 a 13 hs.
NIVEL ELEMENTAL: de 13 a 15 hs.
NIVEL SUPERIOR: de 13 a 16 hs.

RESULTADOS: 14 de JULIO a las 18 hs.

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13:30 hs. a 16 hs.

Tener en cuenta recomendaciones para alumnos libres.

El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de Marcelo (1er. piso junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán.


Equipo docente

domingo, 7 de junho de 2015

RESULTADOS DE LOS EXÁMENES LIBRES DE MAYO

Informamos a los estudiantes que con motivo del paro nacional anunciado, las notas previstas para este martes 9 de junio se publicarán en la cartelera de Portugués (3er. piso, junto a la oficina 326) el viernes 12 del corriente a las 18 hs.


CAP

quarta-feira, 3 de junho de 2015

HOMENAJE A LOS PIONEROS Y PIONERAS DE LA ENSEÑANZA DEL PORTUGUÉS EN LA ARGENTINA (II)

MAESTRA Y DISCÍPULA

Prof. Cecilia Gomes Moreira (1888-1977)


Cecilia Gomes Moreira nació en Oporto, Portugal, el 23 de agosto de 1888, hija de António Gomes Moreira y Laura Vasconcellos. Emigrada al país, obtuvo la ciudadanía argentina. Por su idoneidad, sin título formal, fue nombrada profesora, a partir de junio de 1935, del Curso Libre de Idioma Portugués y Literatura Brasileña, en el Instituto Nacional del Profesorado Secundario de la Capital Federal (hoy Instituto Superior del Profesorado "Dr. Joaquín V. González"). Este curso posteriormente se oficializó y constituyó, a partir de 1938, el primer profesorado en portugués de la República Argentina. Este curso y otros similares fueron creados por iniciativa del gobierno del Presidente Justo con motivo de las estrechas relaciones comerciales y culturales que durante esa etapa histórica se establecieron entre nuestro país y los Estados Unidos del Brasil, por aquel entonces gobernado por el Dr. Getúlio Vargas. 

En dicho profesorado, Cecilia Gomes Moreira tuvo a su cargo las cátedras de Gramática portuguesa, Ejercicios de Idioma Portugués, Historia de la Civilización Portuguesa y Metodología y práctica de la enseñanza. La Prof. Moreira también ocupó el cargo de Directora de la Sección de Idioma Portugués y Literatura Brasileña de la mencionada institución. El 1 de noviembre de 1935 fue nombrada también docente a cargo del Curso Libre de Idioma Portugués y Literatura Brasileña en el Instituto del Profesorado en Lenguas Vivas "Juan Ramón Fernández". En 1937 actuó como traductora de las versiones taquigráficas de la Conferencia Interamericana de Consolidación de la Paz (evento cuya finalidad fue la resolución de la guerra entre Bolivia y Paraguay y en el cual tuvo actuación destacada el Canciller Carlos Saavedra Lamas). 

La Prof. Moreira continuó su labor docente en el Instituto del Profesorado en Lenguas Vivas, al ser trasladado el profesorado en portugués del Instituto Nacional del Profesorado Secundario a esa casa de estudios a partir de 1954. 

Falleció en Buenos Aires en 1977.


Fotografía: La Prof. Moreira hacia 1940.



Prof. María Luisa Giorgi

María Luisa Giorgi nació el 1 de diciembre de 1908 en la Provincia de Río Negro. Era Maestra Normal Nacional y ejerció la docencia en escuelas primarias de la Capital Federal. Fue alumna de Curso Libre de Idioma Portugués y Literatura Brasileña desde su inicio en 1935, en el Instituto Nacional del Profesorado Secundario, y formó parte de la primera promoción de profesores de portugués egresados en 1939, ya oficializado dicho curso. En ese año se incorporó como docente del profesorado, dictando las materias Gramática portuguesa e Historia de la Civilización Portuguesa. Formó parte del grupo de los flamantes docentes de portugués que viajaron a Río y San Pablo, invitados por el Gobierno del Brasil en noviembre de 1939. La Prof. Giorgi continuó como docente en el Instituto del Profesorado en Lenguas Vivas, luego de que la carrera fuera transferida a esa institución en 1954. Consta como traductora del libro La psicología actual (Buenos Aires, Librería del Colegio, 1969), del estudioso brasileño Lourenço Filho.





Fotografía: La Prof. Giorgi hacia 1940.



***


Noticia aparecida en el Correio Paulistano del viernes 24 de noviembre de 1939 en donde se hace referencia al viaje de estudios de los egresados argentinos, flamantes profesores de portugués:





Prof. Carlos Alberto Pasero

quinta-feira, 14 de maio de 2015

MESA DE MAYO

Informamos que la mesa correspondiente al llamado de MAYO se llevará  a cabo el día MARTES 19 de ese mes en los siguientes horarios:



  • NIVEL ELEMENTAL: de 13 a 15 hs.
  • NIVEL SUPERIOR: de 13 a 16 hs.
  • NIVEL MEDIO: de 17 a 19 hs.


RESULTADOS: 9 de JUNIO a las 18 hs.

Se firmarán libretas de alumnos que hayan aprobado el nivel superior en instancias anteriores, en el horario de 13:30 hs. a 16 hs.

Tener en cuenta recomendaciones para alumnos libres.

El material bibliográfico de apoyo se encuentra disponible en la Fotocopiadora de Marcelo 

(1er. piso junto al CBC) y en La Caverna sobre calle Puán.

Equipo docente.

domingo, 3 de maio de 2015

LEITURA "AS LÍNGUAS QUE NÃO APRENDI"

"As línguas que não aprendi" (trecho)
Do livro: Como Aprendi o Português e Outras Aventuras, de Paulo Rónai (*)

São duas mil, três mil ou mais? De qualquer maneira o seu número é exatamente igual ao das que nunca hei de aprender. Confissão triste e humilhante para quem desde menino sente pelos idiomas uma espécie de paixão e que, ainda hoje, cada vez que na rua ouve pessoas falarem uma língua desconhecida, tem estremecimentos de inveja.

Quando, pela primeira vez em minha vida, vi uma cédula graúda - podia ter meus sete anos - provavelmente experimentei o desejo de possuí-la, como qualquer um. Se o tive, esqueci-o. Mas lembro-me nitidamente da inquieta curiosidade com que me pus a decifrar as duas palavras - CEM COROAS - que aquela nota ostentava nas oito línguas da desde então finada Monarquia austro-húngara.

Adolescente, alimentei em segredo a esperança de assenhorear- me, com o tempo, do maior número possível de idiomas: vinte, trinta, talvez ainda mais. Um de meus professores assegurava-me que só os quinze primeiros eram difíceis. E nos meus passeios pelos sebos da Europa, ia apanhando cada livro esquisito para dele fazer uso depois, em lazeres que não poderiam deixar de vir: uma gramática ladina ou reto-romana com a chave da pronúncia; o malgaxe em vinte lições; um livro de leitura para o segundo ano primário das escolas de La Valetta, Malta, sem uma única vogal no título; um manual da língua sueca para italianos... verdadeiro bazar de alfarrábios disparatados que os livreiros viam envelhecer na última prateleira e me empurravam quase de graça.

Mas o tempo passou, os lazeres não vieram, a minha biblioteca dispersou-se definitivamente no assédio a Budapeste e todos aqueles idiomas continuam intactos, não revelados, a troçar de mim. Outro terá aprendido, em meu lugar, o malgaxe em vinte lições. E limito-me a sonhar com as oportunidades maravilhosas que perdi.

Num livro islandês teria talvez encontrado resposta às minhas dúvidas; o poeta que melhor exprimiu as minhas angústias, talvez o tivesse feito em haicais japoneses. Mas não nos encontraremos nunca, como se eles não existissem ou eu mesmo não existisse.

O que mais me atormenta são as línguas que principiei a estudar e depois abandonei por falta de tempo, de entusiasmo, de perseverança.

Não me consolo de não haver aprendido o hebraico, que me ensinaram durante alguns anos. Ler os profetas, o Cântico dos Cânticos no original! Mas os meus professores não tinham a menor perícia pedagógica: cortavam o texto em pedacinhos de quatro ou cinco palavras e ditavam a correspondente tradução, literal, estúpida. A gente decorava aquilo e depois recitava-o, soletrando penosamente o original - e era o bastante para inspirar à criança uma aversão insuperável por aqueles caracteres hieráticos, que de início a atraíam tanto.

Outra língua que perdi, já adulto, foi o finês. Em virtude de um pálido, longínquo parentesco com o magiar, os candidatos a professor de húngaro tinham de estudá-lo. Eu era um deles. A gramática finesa ensinou-me muita coisa: por exemplo, que a minha língua materna tinha declinações com mais de uma dúzia de casos e que, até então, usava às mil maravilhas sem suspeitar-lhes a existência. Invejei os finlandeses por possuírem um verbo de negação que permite negar de um modo vago, sem especificação do que se nega - verbo ótimo para senhoras; e lamentei-os por faltarem na sua língua exatamente a letra f e o som correspondente. Nada disso, porém, interessava ao meu examinador; ele só queria saber de mim o desenvolvimento das labiodentais no finês, estoniano, vogul, ostíaco e zurieno. Passei no exame, mas nunca mais pus os pés na aula desse famoso linguista, que em apenas cinquenta anos de ensino conseguiu tirar a um país inteiro a vontade de conhecer outro.